Bolsas asiáticas fecham mistas e Europa sobe após CPI do Reino Unido
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (14), com algumas delas animadas com a maior possibilidade de cortes de juros nos EUA e outras demonstrando cautela antes de dados econômicos relevantes da China. Investidores também repercutiram notícia de que o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, não buscará um novo mandato.
O índice Nikkei subiu 0,58% em Tóquio, a 36.442,43 pontos, mas perdeu fôlego durante o pregão após Kishida anunciar que não disputará em setembro a reeleição para líder do Partido Liberal Democrata (PLD), que controla o Parlamento japonês e indica o primeiro-ministro, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,88% em Seul, a 2.644,50 pontos, e o Taiex registrou alta de 1,06% em Taiwan, a 22.027,25 pontos.
Ontem, dados benignos de inflação ao produtor (PPI) dos EUA reforçaram chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a cortar seus juros básicos nos próximos meses e impulsionaram as ações em Wall Street. Hoje, o foco será a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA.
Já os mercados da China continental e de Hong Kong recuaram, com negócios marcados por cautela antes de indicadores chineses sobre produção industrial e vendas no varejo, a ser publicados no fim da noite de hoje. O Xangai Composto caiu 0,60%, a 2.850,65 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,86%, a 1.540,92 pontos. O Hang Seng, por sua vez, teve modesta baixa de 0,35% em Hong Kong, a 17.113,36 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, com a ajuda de ações dos setores imobiliário e de saúde. O S&P/ASX 200 avançou 0,31% em Sydney, a 7.850,70 pontos.
Europa opera em alta
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, após dados benignos de inflação do Reino Unido e balanço animador do banco suíço UBS.
Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,32%, a 503,27 pontos.
Mais cedo, a agência de estatísticas britânica ONS divulgou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido acelerou para 2,2% em julho, mas ficou levemente abaixo da previsão, pressionando a libra e melhorando as chances de que o Banco da Inglaterra (BoE) volte a reduzir juros nos próximos meses, após o corte inicial de 25 pontos-base de quase duas semanas atrás.
No meio da manhã, o foco passará a ser o CPI dos EUA, um dia após a inflação ao produtor (PPI) da maior economia do mundo vir abaixo do esperado, reforçando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a cortar seus juros básicos em setembro.
Da temporada europeia de balanços, destaque para o UBS, que lucrou bem mais do que o esperado no segundo trimestre. No horário acima, a ação do banco suíço – que comprou o Credit Suisse em uma operação de resgate no ano passado – saltava mais de 3% em Zurique.
Também hoje, foi confirmado que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no segundo trimestre ante o primeiro. Já a indústria do bloco decepcionou com uma inesperada queda na produção de junho.
Às 6h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,47%, a de Paris avançava 0,49% e a de Frankfurt ganhava 0,39%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham altas de 0,86%, 0,28% e 0,27%, respectivamente.
Com Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo