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Bolsas asiáticas fecham mistas e Europa sobe de olho no Fed

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com as atenções dos mercados globais já voltadas para a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem, após uma bateria de indicadores de inflação nos Estados Unidos apontar cenário ainda incerto.

Durante a madrugada, as chances de o banco central americano abrir o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base cresceram, em meio a uma série especulações. Uma reportagem do The Wall Street Journal mostrou que o debate sobre a dimensão do primeiro ajuste ainda está “aberto” no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglêS).

Neste ambiente, o índice Kospi encerrou a sessão em alta de 0,13% em Seul, a 2.575,41 pontos. Em Taiwan, o Taiex avançou 0,49%, a 21.759,65 pontos. A ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) subiu 0,74%, diante de uma recuperação do setor de chips semicondutores globalmente.

Por outro lado, Tóquio sentiu a pressão da escalada do iene ao maior nível desde dezembro na comparação com o dólar, com o índice Nikkei em baixa de 0,68%, a 36.581,76 pontos. Toyota (-2,31%) e Mazda Motor (-2,47%) figuraram entre os destaques negativos.

Na China, o índice Xangai Composto cedeu 0,48%, a 2.704,09 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto declinou 1,08%, a 1.476,26 pontos. O CSI 300, que reúne blue chips, recuou 0,42%, a 3.159,25 pontos, na menor pontuação de fechamento desde janeiro de 2019.

Na contramão, o Hang Seng subiu 0,75%, a 17.369,09 pontos, em Hong Kong. Para analistas do HSBC, os negócios acionários chineses podem subir até 12% nos próximos 12 meses, beneficiados pela campanha de afrouxamento monetário nos EUA. O processo deve reduzir a pressão cambial e ampliar a liquidez, de acordo com a análise. O banco, no entanto, alerta que a retomada depende de uma melhora dos fundamentos chineses.

Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, avançou 0,30%, a 8.099,90, próximo de recorde histórico. Os papéis das mineradoras de ouro West African Rsources e Perseus Mining disparam mais de 10%, na esteira da valorização do metal precioso.

Bolsas da Europa têm viés positivo

As bolsas da Europa oscilam com viés positivo nesta manhã, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) cortar juros, mas manter suspense sobre os próximos passos. Investidores já voltam as atenções para a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem, em meio a especulações de que a instituição pode optar por um relaxamento mais agressivo.

Por volta das 06h15 (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,36%, a 513,91 pontos.

A madrugada foi marcada por oscilações importantes na precificação do mercado para a evolução da política monetária americana. Uma reportagem do jornalista Nick Timiraos, do The Wall Street Journal, indicou que os dirigentes do Fed ainda não decidiram a dimensão do primeiro corte na taxa básica esperado para a próxima quarta-feira. Ex-presidente da distrital de Nova York, William Dudley, defendeu que há “argumento forte” por uma redução de 50 pontos-base.

Na esteira, as chances de haver uma primeira baixa de meio ponto porcentual cresceram para cerca de 40%, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group. Para o final do ano, o cenário mais provável voltou a ser uma de uma tesourada acumulada de 125 ponto-base, embora o quadro siga dividido com 100 pontos-base.

O Deutsche Bank vê paralelo entre o episódio atual e o das vésperas do encontro do Fed de junho de 2022, quando o mercado vinha esperando um aumento de 50 pontos-base, mas uma reportagem do mesmo Timiraos alterou as apostas para uma elevação de 75 pontos-base. “Se a precificação permanecer onde está atualmente, seria a primeira reunião em anos em que há séria incerteza sobre a decisão dos juros”, lembra o banco.

Também há dúvida sobre o que fará o BCE daqui para frente, após ter reduzido a taxa de depósito em 25 pontos-base. A presidente do BC europeu, Christine Lagarde, reforçou que tudo dependerá da evolução dos indicadores econômicos, sem se comprometer com uma trajetória específica.

No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,05%, limitada pela queda de 2,37% da AstraZeneca, depois que o Deutsche Bank rebaixou a recomendação do papel de “manter” para “venda”. Entre as demais praças, Frankfurt avançava 0,44%, Paris ganhava 0,31%, Lisboa tinha alta de 0,48% e Milão aumentava 0,16%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,1089 e a libra, a US$ 1,3146.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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