As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, após um pregão morno em Wall Street, mas o mercado japonês destoou e renovou máxima em quase 34 anos.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,71%, aos 131.446,59 pontos.
Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,54%, a 2.877,70 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,76%, a 1.732,74 pontos. As perdas foram lideradas por ações de software e seguros, após as altas da véspera terem sido motivadas por expectativas de novos estímulos monetários.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve queda de 0,57% em Hong Kong, a 16.097,28 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,75% em Seul, a 2.541,98 pontos, e o Taiex registrou baixa de 0,40% em Taiwan, a 17.465,63 pontos.
Ontem, as bolsas de Nova York tiveram um desempenho misto e sem força, em compasso de espera por dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA que só serão conhecidos amanhã (11).
Em Tóquio, porém, o japonês Nikkei driblou o mau humor na região asiática hoje e saltou 2,01%, a 34.441,72 pontos, ficando acima do patamar de 34 mil pontos pela primeira vez desde março de 1990. O índice foi impulsionado por ações ligadas a eletrônicos e de montadoras.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia: o S&P/ASX 200 caiu 0,69% em Sydney, a 7.468,50 pontos. Mineradoras lideraram a queda, mas bancos e seguradoras também recuaram.
Europa sobe com pouca amplitude
As bolsas europeias operam sem força na manhã desta quarta-feira, mas com viés levemente positivo. Os investidores exercem cautela antes de novos dados de inflação dos EUA, que só serão conhecidos amanhã, e monitoram comentários de autoridades de grandes bancos centrais.
Confira o desempenho dos índices por volta das 07h30:
Londres (FTSE100): -0,25% a 7.665 pontos
Frankfurt (DAX): +0,14% a 16.711 pontos
Paris (CAC 40): +0,16% a 7.438 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,02% a 10.062 pontos
Europa (Stoxx 600): +0,19% a 4.475 pontos
De modo geral, os negócios na Europa estão sem fôlego desde o começo da semana, na expectativa por nova pesquisa sobre o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que será publicada nesta quinta-feira (11) e tem forte influência na trajetória dos juros americanos.
Em dia de agenda sem indicadores europeus, a atenção vai se voltar para comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).
Mais cedo, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, alertou para a possibilidade de a zona do euro ter entrado em recessão técnica na segunda metade de 2023 e falou sobre perspectivas fracas no curto prazo.
Ainda hoje, a dirigente do BCE Isabel Schnabel participa de sessão de perguntas e respostas em redes sociais e o presidente do BoE, Andrew Bailey, apresenta relatório de estabilidade financeira no Parlamento britânico.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Notícias Relacionadas