As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (09). Xangai e Tóquio estiveram na ponta positiva, com expectativas de novos estímulos na China e refletindo o bom desempenho de Wall Street.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,31%, aos 132.426,54 pontos
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,20%, a 2.893,25 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,34%, a 1.746,03 pontos, após uma autoridade dizer à mídia estatal que o PBoC, como é conhecido o banco central chinês, poderá adotar medidas de relaxamento monetário para impulsionar a concessão de crédito, incluindo corte de compulsórios.
Já em Tóquio, o índice Nikkei voltou de um feriado com alta de 1,16%, a 33.763,18 pontos, atingindo o maior nível em 34 anos, após as bolsas de Nova York se recuperarem ontem à tarde em meio a um alívio nos juros dos Treasuries.
Em outras partes da Ásia, porém, o tom foi negativo: o Hang Seng caiu 0,21% em Hong Kong, a 16.190,02 pontos, pressionado por ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,26% em Seul, a 2.561,24 pontos, em seu quinto pregão seguido no vermelho. Já o Taiex cedeu 0,21% em Taiwan, a 17.535,49 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana interrompeu hoje uma sequência de quatro pregões negativos, após dados encorajadores sobre confiança do consumidor. O S&P/ASX 200 avançou 0,93% em Sydney, a 7.520,50 pontos.
Europa recua de olho em dados econômicos
As bolsas europeias operam em leve baixa na manhã desta terça-feira, enquanto investidores digerem dados fracos da indústria alemã e da taxa de desemprego na zona do euro, que ficou abaixo consenso.
Confira o desempenho dos índices por volta das 7h30:
Londres (FTSE100): +0,05% a 7.698 pontos
Frankfurt (DAX): -0,14% a 16.693 pontos
Paris (CAC 40): -0,15% a 7.438 pontos
Madrid (Ibex 35): -1,74% a 10.031 pontos
Europa (Stoxx 600): -0,38% a 4.468 pontos
Mais cedo, o Destatis mostrou que a produção industrial da Alemanha registrou queda mensal de 0,7% em novembro, contrariando previsão de estabilidade. O indicador veio um dia após o fraco desempenho das encomendas à indústria alemã.
Para o Commerzbank, há crescentes sinais de que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha provavelmente encolheu de novo no quarto trimestre de 2023, o que colocaria a maior economia da Europa em recessão técnica.
Já a taxa de desemprego da zona do euro referente a novembro ficou em 6,40%, ante consenso de 6,50%, mesmo número registrado no mês anterior.
Ao contrário do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) e do Banco da Inglaterra (BoE), o BCE ainda não deu indicações claras de possíveis cortes de juros. De modo geral, a postura do BCE tem sido de que o futuro da política monetária depende do comportamento dos dados econômicos.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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