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Bolsas asiáticas fecham em baixa com incerteza na China; Europa cai com commodities

Bolsas asiáticas. Foto: Unsplash.

Bolsas asiáticas. Foto: Unsplash.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta terça-feira (03), enquanto persiste o nervosismo entre investidores em relação ao ritmo de recuperação da economia chinesa.

Em relatório, a Capital Economics avalia que o cenário deve permanecer “sombrio” para os mercados da China nos próximos meses, em meio a uma série de desafios estruturais enfrentados pelo país asiático.

Neste ambiente, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 0,29%, 2.802,98 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto conseguiu computar ganho de 1,06%, a 1.530,73 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,23%, a 17.651,49 pontos. As ações do setor bancário figuraram entre os destaques negativos, puxadas por Industrial & Commercial Bank of China (-2,06%) e Agricultural Bank of China (-2,82%).

Operadores monitoram ainda as crescentes tensões entre China e Japão. Pequim emitiu uma ameaça de retaliação caso os japoneses imponham mais restrições à venda e manutenção de equipamentos de fabricação de chips para empresas chinesas, conforme revelou a Bloomberg.

Em Tóquio, o índice Nikkei cedeu 0,04%, a 38.686,31 pontos, diante do fortalecimento do iene. O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, reiterou expectativa por mais aumento de juros, caso a economia siga evoluindo conforme o esperado.

Entre outras praças, o índice Kospi, de Seul, caiu 0,61%, a 2.664,63 pontos, na mínima intraday, enquanto o Taiex, de Taiwan, baixou 0,64%, a 22.092,21 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, recuou 0,08%, a 8.103,20 pontos.

Bolsas da Europa caem de olho em commodities e dados

As bolsas da Europa se provaram incapazes de sustentar o ímpeto positivo da abertura e agora firmam queda, em meio à deterioração dos preços de commodities. Investidores se posicionam para uma semana que será marcada pela divulgação de importantes indicadores de atividade.

Por volta das 07h10 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,32%, a 524,14 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, chegou a renovar recorde intraday histórico logo na abertura, mas perdeu fôlego e agora cede 0,50%.

O subíndice do Stoxx 600 para recursos básicos marcava desvalorização de 1,50%, diante da liquidação do petróleo e do cobre. O movimento reflete as preocupações em relação à demanda, diante dos sinais de que a China terá dificuldades para alcançar a meta de crescimento de cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Em Londres, as mineradoras Anglo American (-2,60%) e Glencore (-2,29%), além da petroleira BP (-1,53%), contribuíam para a retração de 0,57% do índice FTSE 100. Mas era a RightMove que liderava as perdas (-4,19%), em correção após o salto de 27,4% na véspera.

Na ponta oposta do mercado britânico, Rolls-Royce subia 3,40% e se recuperava das perdas de ontem, após a aérea de Hong Kong Cathay Pacific informar que fará inspeções em peças da sua frota do Airbus A350 na esteira de uma sequência de falhas. A Rolls-Royce fornece materiais desse tipo.

A locadora de equipamentos Ashtead Group, por sua vez, ganhava 2,95%, após ter informado lucro acima do esperado. Em Frankfurt, Volkswagen subia 1,07%, ainda em reação a relatos de que a montadora planeja um processo de reestruturação de custos que prevê o fechamento de fábricas na Alemanha .

Nas próximas horas, as atenções se voltam para indicadores que medirão o pulso da economia americana. Duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial são previstas para esta manhã. Ao longo dos dias seguintes, números de emprego entram em foco, com destaque para o relatório payroll na sexta-feira.

No horário citado acima, a Bolsa de Paris caía 0,28%, Milão baixava 0,87% e Lisboa recuava 0,51%. No câmbio, o euro se depreciava a US$ 1,1039 e a libra, a US$ 1,3115. Os rendimentos dos Bund alemães e dos Gilts britânicos também operam em baixa, mas os dos OAT franceses avançavam.

Com Estadão Conteúdo

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