Bolsas da Ásia fecham em alta com esperança de alívio em tensões comerciais

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (23), favorecidas por expectativas de que as tensões comerciais entre EUA e China possam diminuir. O cenário se deu após declarações mais amenas do presidente dos EUA, Donald Trump, a respeito da guerra de tarifas e também da atuação do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano).

Liderando os ganhos na Ásia, o índice Taiex saltou 4,5% em Taiwan, a 19.639,14 pontos, com ajuda da TSMC (+5,5%) e da Foxconn Technology (+4,55%). O Hang Seng avançou 2,37% em Hong Kong, a 22.072,62 pontos, o japonês Nikkei subiu 1,89% em Tóquio, a 34.868,63 pontos, e o sul-coreano Kospi teve ganho de 1,57% em Seul, a 2.525,56 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto registrou leve perda de 0,10%, a 3.296,36 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,77%, a 1.923,38 pontos. O otimismo em relação ao Shanghai Auto Show, uma das maiores feiras de automóveis do mundo, impulsionou ações de fabricantes chineses de carros elétricos. A da BYD, maior rival da americana Tesla, subiu 4,8%.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com alta de 1,33% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.920,50 pontos.

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Bolsas: alívio por discurso mais suave de Trump

Em entrevista na Casa Branca no fim da tarde desta terça-feira (22), Donald Trump sinalizou que as tarifas impostas a produtos chineses, oficialmente de 145%, “não serão tão altas”. A declaração alimentou esperanças no mercado de que os governos de Washington e Pequim possam negociar um acordo comercial no curto e médio prazo.

Trump disse ainda “não ter intenção” de demitir o presidente do Fed, Jerome Powell, depois de uma série de críticas diretas nos últimos dias, inclusive com o uso de apelidos nas redes sociais criticando a demora do dirigente da política monetária em realizar um corte nos juros norte-americanos, hoje no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. O mandato de Powell vai até maio de 2026, depois de sua indicação pelo próprio Trump, em 2018, e da recondução por Joe Biden, em 2022.

Embora tenha voltado a pedir abertamente um corte nos juros, a redução de intensidade nos ataques também contribuiu para a melhora do humor nos mercados globais. A próxima reunião do Fed sobre juros será nos dias 6 e 7 de maio.

 Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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