Bolsas da Ásia fecham mistas, com mercado sob pressão após tombo de NY
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (22), pressionadas pela queda de Wall Street na segunda-feira (21). As bolsas norte-americanas, por sua vez, caíram durante o feriado brasileiro após novas críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

O índice japonês Nikkei caiu 0,17% em Tóquio, a 34.220,60 pontos, sob o peso de ações de eletrônicos e da indústria de máquinas, enquanto o sul-coreano Kospi teve perda marginal de 0,07% em Seul, a 2.486,64 pontos e o Taiex apresentou queda de 1,64% em Taiwan, a 18.793,43 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,25%, a 3.299,76 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,11%, a 1.908,73 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,78%, a 21.562,32 pontos.
Os negócios na Ásia ficaram relativamente contidos, um dia após Trump voltar a pedir cortes nos juros do Fed e atacar a postura de Powell na presidência do BC norte-americano, gerando dúvidas sobre a independência da autoridade monetária e levando as bolsas de Nova York a sofrer tombos de cerca de 2,5%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, na volta do feriado estendido de Páscoa. O S&P/ASX 200 teve ligeira perda de 0,03% em Sydney, a 7.816,70 pontos.
Bolsas: mercado segue de olho em discussões sobre tarifas
Desdobramentos da política tarifária do governo Trump também seguem no radar. Na segunda, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que segue conversando e apresentando argumentos ao governo dos Estados Unidos sobre as novas políticas tarifárias, em particular ao aço, alumínio e setor automotivo, mas que ainda não alcançou um acordo.
Nos últimos dias, Trump participou de discussões com dirigentes japoneses e com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, mas nenhum acordo formal foi anunciado.
O petróleo também fechou em queda na segunda, em sessão de liquidez reduzida com mercados fechados na Europa devido a feriado prolongado de Páscoa. Pesou sobre o sentimento do mercado a fuga de ativos de risco nas bolsas de Nova York, ante temores pela guerra comercial entre EUA e China e ameaças à independência do Federal Reserve (Fed). Há também perspectivas de aumento da oferta.
Com Estadão Conteúdo