Bolsas da Ásia fecham mistas, com queda em Tóquio e avanço em Xangai

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (9), com fortes perdas em Tóquio e avanços nos mercados chineses, enquanto investidores digerem os últimos lances da guerra comercial deflagrada pelas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos.

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As chamadas tarifas “recíprocas” dos EUA a importações globais entraram em vigor nesta quarta, incluindo uma massiva tarifação de 104% a produtos da China.

O índice japonês Nikkei caiu 3,93% em Tóquio, a 31.714,03 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,74% em Seul, a 2.293,70 pontos, entrando em “bear market” ao acumular perdas de mais de 20% desde o pico que atingiu em julho do ano passado, segundo a CNBC. O Taiex liderou as perdas na região, com tombo de 5,79% em Taiwan, a 17.391,76 pontos, mais uma vez arrastado pela TSMC (-3,80%), maior fabricante de chips do mundo.

Na China continental e em Hong Kong, por outro lado, as bolsas encerraram o dia em tom positivo, revertendo perdas de mais cedo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 1,31%, a 3.186,81 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,77%, a 1.823,61 pontos. Já o Hang Seng teve alta de 0,68% em Hong Kong, a 20.264,49 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho , com queda de 1,80% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.375,00 pontos.

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Bolsas asiáticas em dia misto: entenda o contexto

O presidente dos EUA, Donald Trump, cumpriu a ameaça de aplicar uma tarifa adicional de 50% aos produtos chineses, elevando o total a 104%, depois de Pequim se recusar a remover uma tarifa retaliatória de 34% a importações de bens americanos. Em retaliação, a China anunciou uma tarifa adicional de 50%, elevando a taxação a 84%.

O governo chinês anunciou ainda que seus principais líderes estão buscando promover laços comerciais mais estreitos com os países asiáticos vizinhos de forma a reduzir o impacto das tarifas dos EUA. Pequim também reiterou a promessa de tomar “medidas resolutas” para defender seus direitos comerciais, embora não tenha fornecido detalhes de como pretende responder a Washington.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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