Bolsas asiáticas encerram dia no vermelho, com fraco otimismo no imobiliário chinês; bolsas europeias caem hoje

As bolsas asiáticas encerraram o dia em baixa nesta terça-feira (21), uma vez que o recente entusiasmo com medidas de estímulos para o setor imobiliário chinês perdeu força.

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Na China continental, os mercados chineses ficaram no vermelho depois de acumularem ganhos por três pregões consecutivos, em parte por causa de um audacioso plano de Pequim para tentar reanimar o combalido setor imobiliário do país.

O índice Xangai Composto recuou 0,42%, a 3.157,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda de 0,75%, a 1.780,50 pontos.

Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,31%, a 38.946,93 pontos, influenciado por quedas em ações das áreas de imóveis e maquinário, em meio a preocupações sobre o aumento dos custos de empréstimos, à medida que o juro do título do governo japonês (JGB) de 10 anos atingiu 0,980% durante a madrugada, nova máxima desde maio de 2013.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng sofreu expressiva perda de 2,12% em Hong Kong, a 19.220,62 pontos, sob o peso de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,65% em Seul, a 2.724,18 pontos, e o Taiex registrou modesta baixa de 0,16% em Taiwan, a 21.236,75 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também mostrou desempenho negativo, pressionada pelo setor de mineração. O S&P/ASX 200 caiu 0,15% em Sydney, a 7.851,70 pontos.

Bolsas europeias começam o dia em baixa

As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira (21), revertendo o tom positivo de ontem, à medida que persistem incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA após comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

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Por volta das 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,37%, a 521,97 pontos.

Autoridades do Fed, incluindo o vice-presidente Philip Jefferson, disseram ontem não estar confiantes de que a inflação dos EUA se encaminha de fato para a meta oficial de 2% e recomendaram cautela, sinalizando que os juros básicos americanos vão continuar nos elevados níveis atuais por mais tempo.

A agenda traz a participação de vários dirigentes do Fed em eventos ao longo desta terça. Amanhã (22), o BC americano divulga ata de sua última reunião de política monetária, quando os juros dos EUA ficaram inalterados pela sexta vez seguida.

O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE), por sua vez, parecem mais inclinados a cortar seus juros, uma vez que a inflação tem se mostrado mais contida tanto na zona do euro quanto no Reino Unido.

A expectativa é que o BCE inicie o relaxamento de sua política monetária em junho. Já o BC inglês poderá reduzir juros durante o verão britânico, como previu ontem seu vice-presidente, Ben Broadbent. Mais tarde, está previsto discurso do presidente do BoE, Andrew Bailey.

Dados europeus não tiveram influência hoje nos negócios, embora os preços ao produtor (PPI) da Alemanha tenham caído mais que o esperado em abril e o superávit comercial da zona do euro tenha aumentado de fevereiro para março.

Às 6h41 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,41%, a de Paris recuava 0,97% e a de Frankfurt cedia 0,57%. Já as de Milão, Madri e de Lisboa tinham perdas de 1,01%, 0,23% e 0,77%, respectivamente.

Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires.

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Camila Paim

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