Bolsa e peso argentino entram em recuperação após três dias

Depois de três dias em alta desvalorização, o peso argentino começou a indicar uma recuperação nesta quinta-feira (15). A moeda teve alta de quase 5%. Por volta das 13h50, o Merval, principal índice da bolsa de valores da Argentina registrava alta de 4,69% a 31.324,15.

Durante a manhã desta quinta-feira, o peso argentino subiu 4,7% alcançando o valor de 57,5 pesos por dólar. O peso argentino teve queda após o candidato à presidência, Alberto Fernández, aliado de Cristina Kirchner, ter maior aprovação do que o atual presidente, Mauricio Macri, nas eleições primárias.

Após o acontecimento, Macri decidiu falar com Fernández, que disse que vai colaborar para diminuir a crise nos mercados da argentina. Além disso, o candidato da chapa de Kirchner afirmou que não deixará de cumprir o compromisso com as dívidas contraídas pelo país em outro governo.

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“Assim como disse que o dólar estava atrasado e não se podia seguir pagando taxas sem sentido, digo hoje que está em um valor razoável e não há argumento para que siga aumentando”, afirmou Fernández, fazendo referência a nova linha de 60 pesos argentinos por cada dólar.

Veja também: Bolsa argentina cai 34,14% após resultado das eleições prévias 

Macri derrotado pela oposição nas eleições primárias

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, perdeu as eleições primárias para a chapa de Cristina Kirchner no último domingo (11). A derrota foi para Alberto Fernández, candidato de centro-esquerda, que se tornou o favorito para as eleições que ocorrerão em outubro.

Fernández, do partido Frente de Todos, conseguiu 47,36% dos votos. Em contrapartida, o atual mandatário, Macri, obteve apenas 32,23%.

A ampla diferença na votação não era esperada por nenhuma pesquisa feita anteriormente. De acordo com dados oficiais, 75% de um total de 33,8 milhões de pessoas fizeram parte da votação.

Macri já sabia que seria derrotado antes do informe dos resultados. “Tivemos uma votação ruim e isso nos obriga, a partir de amanhã, a redobrar os esforços para que em outubro consigamos o apoio necessário para continuar com a mudança”, disse o presidente argentino.

Juliano Passaro

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