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Bolsa de Hong Kong suspende negócios com ações da Evergrande

Evergrande China - Foto: Reprodução/Site Evergrande

Evergrande - Foto: Reprodução/Site Evergrande

A Bolsa de Hong Kong suspendeu negócios com ações da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande e de duas subsidiárias, à espera da divulgação de novas informações da empresa.

As transações com papéis da Evergrande e das unidades China Evergrande New Energy Vehicle Group e Evergrande Property Services Group foram suspensas antes da abertura do pregão em Hong Kong nesta segunda-feira (21), segundo comunicado da bolsa.

A Evergrande, que acumula mais de US$ 300 bilhões em passivos de dívidas, falhou no pagamento de bônus externos no fim do ano passado. Em janeiro, a Evergrande disse que planejava anunciar um plano de reestruturação global em até seis meses, após detentores de bônus ameaçarem processar a empresa por não se engajar em discussões com eles.

Evergrande pretende apresentar plano de reestruturação em até 6 meses

A incorporadora imobiliária China Evergrande Group anunciou no início deste ano que pretende apresentar a seus credores uma proposta preliminar de reestruturação de sua dívida nos próximos seis meses.

Durante a reunião com os credores realizada em janeiro deste ano, a companhia “reiterou sua posição de que avaliará as condições do grupo com o objetivo de formular um plano de reestruturação para a proteção dos direitos das partes interessadas”.

Segundo a Evergrande, há a intenção de realizar um trabalho de auditoria em breve, que também levará em conta sugestões de credores. A companhia garantiu aprovação crucial de credores no país para atrasar pagamentos de um de seus títulos de dívida. Outras incorporadoras também tentam negociar novos termos para evitar a inadimplência.

A companhia tem passivos de mais de US$ 300 bilhões e quer mais prazo para pagamentos de cupom e resgate de títulos. Desta forma, evitaria default técnico, que complicaria sua reestruturação financeira.

Dessa forma, os detentores de títulos em moeda local teriam então um atraso de seis meses nos pagamentos do título, de aproximadamente US$ 157 milhões, com rendimento de 6,98% e vencimento em janeiro de 2023. Os termos do título deram aos detentores o direito de vendê-lo de volta ao emissor em 8 de janeiro.

Em comunicado, a principal unidade da incorporadora, Hengda Real Estate Group, disse que chegou a um acordo com os credores para atrasar os pagamentos. Dos credores que votaram, 72,3% aprovaram a proposta de prorrogação dos pagamentos.

A Evergrande, apesar de ser a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, se esforçou para cumprir seus compromissos de títulos de dívidas na China, que formam a maior parte do passivo.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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