O décimo terceiro do Bolsa Família custará R$ 2,5 bilhões e irá substituir os reajustes, anunciou o ministro da Cidadania, Osmar Terra, nesta terça-feira (09). De acordo com o ministro, a medida significará um aumento de 8,5% em relação ao que recebem as famílias anualmente.
“Neste ano, não [haverá reajuste]. O reajuste este ano é o 13º, que é 8,5% a mais”, afirmou Osmar Terra durante o evento da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O anúncio oficial da mudança no Bolsa Família deverá ocorrer nesta quarta-feira (09).
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“[As famílias] vão receber no final do ano. Não tem nem forma técnica e burocrática de fazer antes. O ideal era até fazer um pouco antes, mas não vamos conseguir. Em dezembro, eles vão receber duas parcelas.”
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Além disso, o ministro disse que o reajuste para o ano que vem dependerá da reforma da Previdência. “Ano que vem vamos pensar. Se sair a nova Previdência, vamos dar um aumento bom. Se não sair, temos que manter o que a gente tem pelo menos”, disse.
De acordo com Terra, os recursos para o décimo terceiro do programa social são oriundos dos “pentes-finos” feitos pelo governo para identificar fraudes. “Culminou em 2018 com economia de R$ 15 bilhões. Tínhamos mais de 1 milhão de pessoas que recebiam auxílio-doença sem fazer nenhum controle por mais de 10 anos”.
Bolsonaro
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai anunciar o décimo terceiro do Bolsa Família na próxima quarta-feira (10). A fala ocorreu durante um discurso em evento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em Brasília.
“Nós somos defensores do Bolsa Família. Tanto é que anunciaremos o 13º amanhã (quarta)”, afirmou o presidente. “Mas o que tira o homem da situação difícil em que se encontra, ou a mulher, é o conhecimento”, completou Bolsonaro.
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O pagamento do décimo terceiro do Bolsa Família fazia parte do programa eleitoral de Bolsonaro. Além disso, o benefício extra faz parte das 35 metas prometidas pela gestão do presidente para os 100 primeiros dias de governo.