O perfil do investidor brasileiro na bolsa de valores está mudando. Segundo estudo feito pela B3 (B3SA3) e divulgado hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, a idade média do cliente pessoa física no mercado acionário nacional recuou quase 11 anos desde 2016.
Naquele ano, a idade média do investidor na Bolsa de valores brasileira era de 48,7 anos; no fim de 2021, ficou em 37,9 anos.
De acordo com o levantamento da B3, existem hoje 5 milhões de brasileiros com contas na bolsa de valores, dos quais 62% têm menos de 40 anos.
Parte desta transformação foi impulsionada por um grupo de jovens que acabaram de começar a sua vida profissional. Hoje, 600 mil brasileiros de até 24 anos de idade investe em ações, o que representa 12% do total.
Foi este grupo que mais cresceu percentualmente. Cinco anos atrás, esta parcela da população não chegava a representar nem 1% do total dos investidores em bolsa de valores.
O processo de digitalização ajudou neste processo, já que estes jovens cresceram com acesso a mais informações na internet e com as operações ocorrendo via internet.
No entanto, isso também reforça a importância de que os jovens invistam com cautela, já que os mais inexperientes correm o risco de se iludir com promessas de ganhos rápidos.
Maior parte dos novatos na bolsa de valores tem renda de até R$ 5 mil
A pesquisa da B3 também apontou que a maior parte (56%) dos novatos da bolsa de valores têm renda mensal de até R$ 5 mil e só aplica R$ 50 em seu primeiro aporte.
Segundo o diretor da B3 responsável pelo relacionamento com clientes e pessoas físicas, Felipe Paiva, a Bolsa está atenta a esse movimento e tem tentado esclarecer as regras do investimento.
“Muitos estão investindo para aprender. A ideia é mostrar que esse investimento é de longo prazo e não é uma corrida de 100 metros”, afirmou ao jornal Estado de S. Paulo.
A bolsa de valores brasileira acaba de atingir a marca de 5 milhões de investidores, sendo que mais de 2 milhões compraram sua primeira ação ao longo dos últimos 12 meses.