Boletim Focus eleva previsão do IPCA para 2019
Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que fazem parte da elaboração do Boletim Focus, alteraram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.
De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (11), a inflação deverá ser de 3,31%, frente a 3,29% divulgado na semana passada. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,28%, mostrando certa estabilidade.
Quanto à previsão da taxa básica de juros (Selic), os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) mantiveram sua estimativa da semana passada. A taxa esperada é de 4,50% ao fim de 2019. Há quatro semanas, a previsão era de 4,75%. Vale ressaltar que atualmente a taxa se encontra em 5%.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim Focus desta segunda-feira mantém a previsão de crescimento da economia de 0,92% ao final deste ano, assim como na semana passada. Quatro semanas atrás, a previsão era um pouco menor, de 0,87%.
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No início deste ano, os analistas indicavam um crescimento de 2,6% da economia brasileira em 2019. Já a previsão de crescimento da economia brasileira para 2020 foi elevada para 2,08%.
Para 2021 e 2022 as previsões do Produto Interno Bruto foram mantidas em 2,50%.
Taxa de juros em 2019
Os analistas permaneceram com a indicação de que a Selic pode cair para 4,50% neste ano. Atualmente, a taxa básica de juros do Brasil está em 5%.
Para o ano que vem, os analistas não mudaram, pela segunda semana seguida, a previsão da taxa em relação a última semana, de 4,50% ao ano. Além disso, segundo os especialistas, em 2021 a taxa deve ser de 6,0%.
Inflação levemente elevada
Mesmo com o aumento da previsão inflacionária para o País, o IPCA continua abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.
Para 2020, a previsão do mercado financeiro para o IPCA permaneceu em 3,60%. Há quatro semanas, a expectativa era de uma inflação de 3,73% no ano que vem. O resultado fica abaixo da meta fixada pelo BC, de 4%.
O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.
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Confira as previsões do mercado financeiro para os indicadores de 2019 e 2020:
2019
- Produto Interno Bruto (PIB): previsão de crescimento mantida em 0,92%.
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): a previsão agora é de 3,31%. A meta central para 2019 é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
- Taxa Selic: mercado manteve a previsão para 4,50%.
- Dólar: a previsão permaneceu em R$ 4,00.
- Balança Comercial: a previsão caiu de US$ 47,50 bilhões para US$ 47 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: as expectativas foram mantidas em US$ 80 bilhões.
2020
- PIB: a projeção do crescimento da economia foi elevada para 2,08%.
- IPCA: o mercado manteve a projeção em 3,60%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: a previsão permaneceu em 4,50%.
- Dólar: os investidores mantiveram a previsão de câmbio em R$ 4,00.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu para US$ 42,95 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: os economistas indicaram novamente US$ 80 bilhões.
O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central na base das previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.
