Segundo projeções publicadas pelo Boletim Focus, nesta segunda-feira (28), o IPCA 2020 saiu de alta de 1,99% para 2,05%. Há um mês, estava em 1,77%. A projeção para o IPCA 2021 permaneceu em 3,01%. Quatro semanas atrás, estava em 3%.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que na última semana tinha previsão de queda de 5,05% neste ano, teve sua projeção levemente modificada, diminuindo para -5,04%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,28%. No mês de junho, a estimativa chegou a ser de um tombo de 6,28% na economia.
Caso a projeção atual do Boletim Focus se concretize, será o pior desempenho da economia do País no último século, devido aos impactos da pandemia do novo novo coronavírus (Covid-19) no âmbito econômico.
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No segundo trimestre de 2020, a o PIB recuou 9,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do resultado do terceiro trimestre ocorrerá no dia 3 de dezembro deste ano. Para 2021, por sua vez, a previsão dos analistas do mercado financeiro, ouvidos pelo Banco Central (BC) é de um crescimento de 3,50%, pela 18ª semana consecutiva.
Além disso, de acordo com o Focus, a taxa básica de juros da economia (Selic) encerrará 2020 em 2%, que é o atual e menor patamar da série histórica. Esta é a 13ª semana consecutiva com a mesma projeção. Após reunião realizada há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a atual taxa, depois de realizar seis cortes consecutivos.
Em agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”. De acordo com o executivo da autoridade monetária, já pôde ser identificada uma recuperação parcial da economia brasileira, principalmente por causa da política monetária praticada pelo BC.
Inflação para o Boletim Focus
Caso a expectativa apresentada pelo BC se confirme, de 2,05%, a inflação permanecerá abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, embora mais próxima do que nas últimas semanas. O alvo definido pela autoridade monetária é de uma inflação de 4%, com 1,5 ponto percentual de tolerância, ficando entre 2,5% e 5,5%.
Para o ano que vem, por sua vez, o Conselho, formado pelo Ministro do Planejamento, Ministro da Economia e presidente do BC, estipulou a meta de inflação de 3,75%, passível de variação entre 5,25% e 2,25%. O Focus estima um aumento dos preços na ordem de 3,01% em 2021.
Confira, em detalhes, as projeções mais importantes para 2020 e 2021:
2020
- PIB: a projeção é de uma retração da economia em 5,04%;
- IPCA: a projeção subiu para 2,05%, com uma meta central de 4%;
- Taxa Selic: a previsão fica em 2%;
- Dólar: a previsão ficou em R$ 5,25;
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit subiu para US$ 55,15 bilhões;
- Investimento Estrangeiro Direto: os economistas indicaram que será de US$ 55,00 bilhões;
- Déficit Primário do PIB: a previsão ficou em -12%;
- Resultado Nominal do PIB: a expectativa do déficit ficou em -15,50%.
2021
- PIB: a projeção do crescimento da economia continuou em 3,50%;
- IPCA: a projeção ficou em 3,01%;
- Taxa Selic: a estimativa ficou em 2,50%;
- Dólar: os especialistas continuam com a projeção de R$ 5;
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit foi elevada para US$ 53,31 bilhões;
- Investimento Estrangeiro Direto: a previsão subiu para R$ 68,50 bilhões;
- Déficit Primário do PIB: a previsão ficou em -2,84%;
- Resultado Nominal do PIB: a expectativa do déficit permaneceu em -6,50%.
O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central. São utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil.