Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que contribuem para a elaboração do Boletim Focus, diminuíram a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 pela terceira semana consecutiva. Para eles, a economia do Brasil crescerá 2,17%, ante a 2,20% previstos na última semana.
Na primeira leitura do Boletim Focus deste ano, a economia do País iria crescer 2,30%. A previsão permaneceu a mesma até três semanas atrás, quando passou a ser cortada.
Inflação, segundo o Boletim Focus
A expectativa pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de acordo com a divulgação do Banco Central (BC), foi cortada pela nona semana consecutiva. Segundo os especialistas ouvidos pela autoridade monetária central do Brasil, a inflação de 2020 será de 3,19%. Na última semana, a estimativa era de 3,20%.
Sendo assim, a inflação permanece abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2020, de 4%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,5% até 5,5%
No que se refere ao ano que vem, os economistas ouvidos pelo BC estimam um aumento dos preços de 3,75%, mesma expectativa das últimas 64 semanas.
O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.
Taxa de juros
A previsão pela taxa básica de juros do País (Selic) deste ano permaneceu no mesmo patamar da semana passada, de 4,25%.
Há cerca de três semanas, o Comitê de Política Externa (Copom) decidiu por cortar a taxa de juros novamente, deixando-a em 4,25%, no menor patamar da Selic em sua série histórica.
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Por outro lado, há quase dois meses, a previsão dos economistas no Boletim Focus para a taxa Selic de 2020 era um pouco maior, de 4,50%. Para o ano que vem, o BC permanece diminuiu a previsão para 5,75%.
Confira, em detalhes, as expectativas do mercado para 2020 e 2021, expressas no Boletim Focus.
2020
- PIB: a projeção do crescimento da economia caiu para 2,17%.
- IPCA: o mercado reduziu a projeção para 3,19%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: a previsão se manteve em 4,25%.
- Dólar: os investidores aumentaram a previsão para R$ 4,20.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu para US$ 36,70 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: os economistas indicaram que será de US$ 80 bilhões.
2021
- PIB: a projeção do crescimento da economia foi mantida em 2,50%.
- IPCA: o mercado mantém a projeção de 3,75%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: a previsão foi reduzida para 5,75%.
- Dólar: os investidores mantiveram a previsão para R$ 4,15.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit foi mantida em US$ 33,19 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: o número permaneceu em US$ 84,05 bilhões.
O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central na base das previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.