Boletim Focus: Previsão do PIB é reduzida pela 18ª vez seguida no ano
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram pela 18ª vez seguida a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Segundo o Boletim divulgado nesta segunda-feira (1), a economia brasileira deverá crescer apenas 0,85% esse ano.
A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (24) indicava um crescimento do PIB de 0,87% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.
As previsões de crescimento para 2020 foram mantidas em 2,20%. Assim como foi mantida a previsão de expansão do PIB de 2021 e de 2022 em 2,5%.
Boletim Focus: previsão de crescimento do PIB é reduzida para 1,13%
Esse novo corte nas previsões continua seguindo a tendência iniciada após a divulgação dos dados de 2018. No dia 1º de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o crescimento do PIB em 2018 foi de 1,1%. Desse forma, o resultado repetiu o fraco desempenho de 2017.
Além disso, no dia 30 de maio, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro sofreu uma retração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano. Dessa forma, a expansão modesta acabou reduzindo as expectativas para este ano por causa do carregamento estatístico.
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No final de maio, o Ministério da Economia chegou a reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira. De acordo com a pasta, o PIB em 2019 crescerá de apenas 1,6%, e não mais de 2,2% como previsto anteriormente.
Inflação reduzida
A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 foi reduzida de 3,82% para 3,8%. Essa é a quarta revisão consecutiva do indicador oficial da inflação.
Com essa redução, o resultado continua abaixo da meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.
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Para 2020, a previsão do mercado financeiro para o IPCA foi reduzida de 3,95% para 3,91%. Um resultado pouco abaixo da meta fixada pelo BC, também de 4%.
O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.
Taxa de juros em 2019
Os analistas indicaram no Boletim Focus que a taxa de juros (Selic) será reduzida pelo Banco Central para 5,50% em 2019. Atualmente, a taxa básica de juros do Brasil está em 6,5%. Para 2020, os analistas reduziram a taxa de 6,5% ao ano para 6% ao ano em 2020.
Confira as previsões do mercado financeiro para os indicadores de 2019 e 2020:
2019
- Produto Interno Bruto (PIB): previsão de crescimento reduzida de 0,87% para 0,85%.
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): a previsão caiu de 3,82% para 3,8%. A meta central para 2019 será de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
- Taxa Selic: mercado manteve a previsão de 5,5%.
- Dólar: a previsão se manteve em R$ 3,80.
- Balança Comercial: o mercado aumentou a previsão de superávit de US$ 50,60 bilhões para US$ 50,80 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: as expectativas seguiram estabilizadas em US$ 85 bilhões.
2020
- PIB: projeção para o PIB foi confirmada em 2,20%.
- IPCA: o mercado indicou uma mudança na projeção de 3,95% para 3,91%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: previsão reduzida para 6%.
- Dólar: investidores mantiveram a previsão de câmbio em R$ 3,80.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit se manteve em US$ 46,4 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: economistas mudaram a projeção dos investimentos de US$ 84,28 bilhões para US$ 84,36 bilhões.
O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central na base das previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.