O Bank of America (BOAC34) prevê uma redução significativa no impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) sobre os resultados do setor de saúde no terceiro trimestre de 2021 e está otimista principalmente com os segmentos de hospitalar e verticalizado.
O BofA projeta resultados operacionais sólidos para o setor de saúde hospitalar, conforme aumenta o retorno de procedimentos eletivos, em detrimentos de tratamentos da Covid-19. A expectativa é de que a ocupação de leitos fique abaixo da registrada de abril a junho, em níveis mais sustentáveis.
Para a Rede D’Or (RDOR3), o banco estima uma receita líquida de R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre, um crescimento de 3% na base anualizada, e o um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em linha o com o apurado nos três meses anteriores. A taxa de ocupação prevista é de 80,5%.
No caso da Dasa (DASA3), a previsão é de um resultado abaixo do apresentado no segundo trimestre, dada a pressão da vertical de diagnósticos. A receita líquida da companhia deve atingir R$ 2,5 bilhões e o Ebitda R$ 440 milhões.
As operadoras verticalizadas Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) devem reportar uma MLR (Medical Loss Ratio) acima do normal, mas inferior à registrada no segundo trimestre. O BofA também projeta a retomada do crescimento orgânica, após a perda líquidas nos últimos meses. A estimativa para um CASH MLR (relação entre contas médicas e receita líquida) de 65%, com adições líquidas de 160 mil beneficiários, sendo 35 mil orgânicos. A Intermédica deve mostrar um CASH MLR de 80,5% e adições líquidas de 84 mil vidas (37 mil orgânicas).
BofA mantém pé atrás com setor de saúde de diagnósticos
No segmento de diagnósticos, o banco vê o resultado do Fleury (FLRY3) marcado pela incorporação de novos negócios e por maiores despesas com os investimentos na plataforma Saude ID. A empresa de diagnósticos deve enfrentar uma pressão, a margem Ebitda em 27%, abaixo do nível pré-Covid.
Já para a administradora Qualicorp (QUAL3) a perda líquida de 15 mil devido ao ajuste de preço e a estratégia de maior investimento devem pesar sobre as margens. A previsão do BofA para a companhia do setor de saúde é de uma receita de R$ 536 milhões e Ebitda de R$ 228 milhões.