O Bank of America (BOAC34) cortou o preço-alvo para a ação da Usiminas (USIM5) de R$ 26 para R$ 24 por papel, mantendo a recomendação de compra, após a siderúrgica reportar níveis de aço menores e custos maiores do que o esperado.
O Ebitda ajustado recorrente da companhia atingiu R$ 2,9 bilhões, um aumento de 2,5x na base anualizada e uma queda de 18% na trimestral. O resultado da Usiminas no terceiro trimestre de 2021 frustrou as expectativas do Bank of America de R$ 3,2 bilhões, em função de volumes de aço mais baixos e custos mais altos.
Os embarques de aço caíram 10% em reação ao segundo trimestre e vieram abaixo das estimativas do banco em 4%, liderados por vendas internas, compensadas pelas exportações em alta. Os preços médios do aço mais elevados compensaram os menores volumes e despesas operacionais.
Os embarques de minério de ferro aumentaram 18% na comparação com o segundo trimestre, mas o Ebitda da mineração caiu com a baixa acentuada dos preços, juntamente com um impacto de ajustes provisionais.
Na avaliação de analista Leonardo Neratika, a recente deterioração macro do Brasil pode elevar os desafios da demanda doméstica, embora um real desvalorizado seja favorável aos preços.
O Bank of America reduziu a projeção para o Ebitda da empresa em 2021 para R$ 11,1 bilhões, principalmente pelo terceiro trimestre mais fraco do que o esperado.
Cotação da Usiminas nesta segunda-feira
Por volta de 16h25 desta segunda-feira, a ação ordinária da Usiminas (USIM3) operava em baixa de 0,70%, cotada a R$ 12,79, enquanto a ação preferencial de Classe B da siderúrgica (USIM6) ficava perto da estabilidade, a R$ 18,99. A ação preferencial de Classe A USIM5, por sua vez, registrava queda de 0,75% no pregão de hoje, a R$ 13,15. Já o Ibovespa, índice acionário de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), apresentava recuperação e subia 2,33%, para o patamar de 105.912,18 pontos.