A Boeing está vendendo US$ 5,5 bilhões em títulos de crédito para o pagamento de um acordo realizado com a Embraer. O vencimento dos títulos será dividido em seis datas, sendo 2021, 2027, 2030, 2035, 2050 e 2059.
Conforme divulgado pela agência Bloomberg nesta segunda-feira (28), os títulos emitidos pela Boeing poderão render mais de 1,55 ponto percentual em comparação aos títulos do Tesouro Direto.
As companhias pretendem lançar aeronaves comerciais de menor porte. No último mês, a Embraer já lançou seu primeiro avião após a fusão com a Boeing.
Segundo a agência de classificação de risco S&P, os títulos podem fazer com que a dívida da empresa de aviação tenha acréscimo de US$ 10 bilhões neste ano. Dessa forma, a Boeing terá uma dívida consolidada de US$ 24 bilhões.
“Nós esperamos que a companhia use os recursos levantados com a emissão para o investimento aproximado de US$ 4 bilhões na joint venture com a Embraer. Quaisquer recursos restantes devem aumentar o caixa da companhia, que continua a lidar com os problemas do 737 Max”, afirmou a S&P em um relatório.
Onde comprar os títulos
Confira quais são as instituições financeiras que estão emitindo os títulos:
- JPMorgan Chase;
- Barclays;
- Royal Bank of Canada;
- Mitsubishi UFJ Financial Group;
- Mizuho Financial Group;
- Deutsche Bank;
- Wells Fargo;
- Credit Suisse;
- Sumitomo Mitsui Financial Group;
- Morgan Stanley;
- Bank of America;
- Citigroup;
- e Goldman Sachs.
Prejuízo de US$2,94 bi da Boeing no 2ºT19
Na última semana, a Boeing divulgou seu balanço trimestral contendo os resultados do segundo trimestre de 2019. A empresa informou que teve perda líquida de US$ 2,94 bilhões (cerca de R$ 11,10 bilhões) no período.
O déficit foi impulsionado por conta dos problemas em sua aeronave 737 Max. O avião foi responsável por dois acidentes aéreos que deixaram 346. Assim, há quatro meses o modelo está impedido de voar por autoridades do mundo inteiro.
Saiba mais: Boeing registra perda liquida de US$2,94 bi no segundo trimestre
O número indica o maior prejuízo trimestral registrado pela companhia norte-americana. A expectativa da Boeing é de que o modelo 737 Max seja ajustado até meados de setembro deste ano.