Boeing registra prejuízo de US$ 1 bilhão no 4° trimestre de 2019

A Boeing registrou prejuízo de US$ 1 bilhão (R$ 4,2 bilhões) no quarto trimestre de 2019. Esse valor é equivalente a US$ 1,79 por ação. No mesmo período, no ano anterior, a fabricante de aeronaves norte-americana havia registrado lucro de US$ 3,42 bilhões. 

De acordo com a Boeing, os resultados continuarão sendo impactados pelo  737 Max, que está suspenso desde março do ano passado. “Estamos focados na retomada do voos do 737 Max e na restauração da confiança da nossa marca”, disse o diretor-presidente da companhia, David Calhoun.

A receita do quarto trimestre alcançou US$ 17,91 bilhões, trata-se de um recuo de 37% em relação ao mesmo período no ano de 2018, que registrou US$ 28,3 bilhões. Os analistas estimavam uma receita de US$ 21,65 bilhões. Em comparação com o trimestre anterior, a receita totalizou US$ 19,98 bilhões.

Na divisão de aeronaves comerciais, a receita caiu 55%, para US$ 7,46 bilhões. Na área da defesa, o recuo foi de 13%, para US$ 5,96 bilhões. A Boeing encerrou 2019 com prejuízo de US$ 636 milhões, o pior resultado anual em duas décadas. “Reconhecemos que temos muito trabalho a fazer”, informou Calhoun.

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A respeito do 737 Max há uma previsão por parte da fabricante de que os custos financeiros ligados à crise da aeronave alcance US$ 18,6 bilhões. O custo não recorrente de produção chegará a US$ 4 bilhões em 2020.

Além disso, a companhia estima US$ 6,3 bilhões em custos adicionais. Ao todo, foi provisionado US$ 9,2 bilhões para custos de compensações a clientes devido aos problemas com o avião.

Cade aprova compra da Embraer pela Boeing sem restrições

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na última segunda-feira (27), a compra da Embraer (EMBR3) pela Boeing. Para a autarquia as empresas não concorrem nos mesmos mercados e que não há risco de problemas concorrenciais decorrentes da aquisição.

O Cade decidiu pela aprovação da operação sem quaisquer restrições. O órgão de defesa da concorrência analisou aspectos estritamente concorrenciais.

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O Cade analisou duas transações que formarão a operação. Na primeira, a Boeing comprará 80% do capital do setor de aviação comercial da Embraer. O segmento engloba a produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte.

A segunda operação cria uma joint venture entre as duas produtoras de aeronaves para a produção o avião de transporte militar multimissão KC-390. A nova empresa terá uma participação no capital de 51% da Boeing e 49% da Embraer.

Poliana Santos

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