Boeing vai reduzir produção do 737 Max, modelo que caiu na Etiópia
A Boeing anunciou que vai diminuir a produção do modelo 737 Max em quase um quinto nas próximas semanas. Além disso, um comitê interno vai fiscalizar o desenvolvimento dos próximos aviões.
A produção do Boeing 737 Max vai declinar a partir de meados de abril em dez unidades, para 42 aeronaves. Os planos anteriores da companhia americana eram de aumentar a produção do modelo para 57 unidades por mês. O 737 Max é o avião mais vendido da Boeing.
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Analistas projetavam que, se a companhia seguisse os planos anteriores, ela conseguiria entregar 600 unidades do 737 em 2019, sendo 90% do modelo Max.
O anúncio da Boeing foi feito após o fechamento do mercado, para não afetar o desempenho da empresa. Mesmo assim, as ações da fabricante foram impactadas pelas primeiras informações divulgadas a respeito da queda do 737 Max 8 na Etiópia, no mês passado. Investigadores do desastre informaram que falhas no sistema de controle do avião foram responsáveis pelo acidente, da mesma forma que o ocorrido na Indonésia em outubro.
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O corte do preço-alvo de suas ações pelo UBS também afetaram os papéis da empresa, que fecharam o pregão na Bolsa de Nova York com baixa de 1,01%, cotadas a US$ 391,85.
A Boeing determinou em 13 de março a suspensão temporária das operações globais do modelo 737 Max 8. A fabricante, no entanto, disse ter “plena confiança” na segurança dessas aeronaves, que são 371 em todo o mundo.
A Boeing disse que chegou à decisão de suspender as operações após consultar as autoridades de aviação dos Estados Unidos. Mais cedo, o próprio presidente Donald Trump havia determinado a suspensão dos voos do 737 Max 8, a despeito da manutenção das operações por parte da agência federal de aviação americana.
A ação de Trump foi feita após o ministro dos Transportes canadense ter anunciado que o sistema de satélites do país detectou semelhanças na queda do avião na Etiópia e no desastre ocorrido em outubro, na Indonésia, em que o Boeing 737 Max também estava envolvido. As informações divulgadas no relatório preliminar da última quinta (4) vão na mesma direção. O documento ainda não foi tornado público na íntegra.