Boeing registra prejuízo de US$ 641 milhões no 1T20

A Boeing registrou um prejuízo de US$ 641 milhões no primeiro trimestre de 2020. A empresa afirmou que queimou US$ 4,3 bilhões de caixa no primeiro trimestre e, assim como outras companhias do setor aéreo, está enfrentando uma dura crise por conta do coronavírus (Covid-19). O prejuízo por ação da Boeing foi de US$ 1,70. Especialistas esperavam um prejuízo de US$ 1,61 por ação. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (29).

A Boeing teve US$ 16,91 bilhões de receita no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 26,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida de aviação comercial caiu 48% e ficou em US$ 6,21 bilhões.

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A Boeing informou que irá reduzir a produção de alguns modelos de aeronaves, como: o 787 Dreamliner. Além disso, a empresa também comunicou que realizará a redução da sua folha de pagamento em aproximadamente 10% por meio de programas de demissões voluntárias e, também, “involuntárias conforme necessário”.

“Teremos que fazer reduções ainda mais profundas nas áreas mais expostas às condições de nossos clientes comerciais – mais de 15% em nossos negócios de aviões e serviços comerciais, bem como em nossas funções corporativas”, disse o CEO, Dave Calhoun.

Mesmo assim, a Boeing se mostrou otimista para o cenário de longo prazo. “Estamos progredindo em direção ao retorno seguro da produção do 737 Max e estamos levando segurança, qualidade e excelência operacional a tudo o que fazemos”, destacou Calhoun.

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O fluxo de caixa livre caiu US$ 2,29 bilhões ficando em US$ 4,73 bilhões negativos. Entretanto, ficou abaixo da expectativa ainda mais pessimista da FactSet, de US$ 5,79 bilhões negativos.

Boeing desiste de acordo bilionário com a Embraer

A Boeing desistiu do acordo bilionário com a brasileira Embraer (EMBR3) devido a crise da pandemia do novo coronavírus. A negociação com a fabricante norte-americana de US$ 4,2 bilhões (R$ 23,8 bilhões) consistia na fusão das duas empresas, com participação de 80% da Boeing. A informação foi divulgada no dia 25 de abril.

Além da crise do coronavírus, a Boeing sofre pressões políticas do presidente dos EUA, Donald Trump, com as medidas para manter a companhia viva em meio as dificuldades.

Juliano Passaro

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