A Boeing (BOEI34) teve prejuízo líquido de US$ 37 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), menor que o prejuízo de US$ 355 milhões registrado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (23). Com ajustes, a fabricante de aviões americana registrou prejuízo por ação de US$ 0,49 entre janeiro e março, abaixo da perda de US$ 1,18 estimada por analistas consultados pela FactSet.
A receita da Boeing teve alta anual de 18% no trimestre, a US$ 19,5 bilhões, ficando um pouco acima do consenso da FactSet, de US$ 19,38 bilhões. Já o fluxo de caixa livre (FCL) operacional da empresa estava negativo em US$ 2,3 bilhões no fim de março, enquanto as encomendas acumuladas somavam US$ 545 bilhões.
Boeing em turbulência
A Boeing vive momentos de forte turbulência econômica nos últimos anos. Em 2024, enfrentou uma greve de seus funcionários. As dificuldades financeiras fizeram a companhia congelar contratações, reduzir viagens e até mesmo a considerar demissões temporárias.
As maiores complicações, entretanto, se deram após surgirem acusações de negligência com a segurança de suas aeronaves. As denúncias cresceram após dois acidentes fatais envolvendo o 737 MAX, que resultaram em 346 mortes.
Em julho de 2024 a Boeing concordou em se declarar culpada da acusação de ludibriar reguladores de segurança aérea, em uma surpreendente concessão que designa a maior fabricante de aviões do mundo como uma empresa criminosa.
Como parte de uma acusação de fraude, promotores determinaram que a Boeing pague uma segunda multa de US$ 244 milhões e invista US$ 455 milhões nos próximos três anos para aperfeiçoar seus programas de conformidade e segurança.
A Boeing (BOIE34) também foi obrigada a contratar um monitor independente para supervisionar essas mudanças. Ainda como parte do acordo, a diretoria da companhia aceitou na ocasião se encontrar com familiares das vítimas dos acidentes.
Com Estadão Conteúdo
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