A Boeing (NYSE: BA) planeja realizar mais cortes de empregos em meio à brusca queda na demanda por voos, causada pela pandemia do coronavírus (covid-19). As informações foram divulgadas nesta terça-feira (18) pelo jornal “The Wall Street Journal”.
A Boeing informou seus funcionários em um comunicado na noite da última segunda-feira (17) que implementará uma segunda rodada de ofertas de demissões voluntárias, uma medida que reduziria ainda mais sua força de trabalho em um número não especificado, além do corte de 19.000 funcionários já anunciado em julho.
A empresa aumentou a meta estabelecida em abril de reduzir o número geral de funcionários em cerca de 10%, de acordo com o comunicado à equipe do presidente-executivo David Calhoun. Segundo a gigante da aviação, o número de voos realizados pode continuar baixo pelos próximos três anos.
Mais detalhes são esperados em 24 de agosto, quando acredita-se que a equipe aceite as ofertas voluntárias, reduzindo assim o número de cortes de empregos obrigatórios necessários.
A Boeing e a sua rival, Airbus, estão lutando para sobreviver uma temporada decepcionante para o setor de viagem aérea. Casos crescentes de Covid-19 e novas restrições de viagens impediram grande parte da recuperação, especialmente nos EUA, mesmo com as companhias aéreas reduzindo as tarifas e implementando medidas de segurança mais avançadas.
Boeing registrou mais cancelamentos que vendas em 2020
A empresa indicou que, no mês de julho, seus clientes cancelaram os planos de comprar 43 unidades dos problemáticos aviões 737 Max do fabricante. Segundo um comunicado interno, trata-se do sexto mês consecutivo de cancelamento de pedidos para a Boeing.
A Boeing disse no mês passado que cortaria as metas de produção de algumas de suas aeronaves, incluindo o 737 Max e o 787 Dreamliner, já que a pandemia do coronavírus continua prejudicando a demanda por novos aviões.