A Boeing (NYSE: BA) concordou em pagar US$ 2,5 bilhões nesta quinta-feira (7) para encerrar as acusações criminais dos Estados Unidos de que escondeu informações de funcionários de segurança sobre o projeto de seus aviões 737 Max.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Boeing optou por “lucro ao invés de franqueza”, o que impediu a supervisão dos aviões, que se envolveram em dois acidentes mortais. Além disso, do total que será pago, cerca de US$ 500 milhões serão enviados para as famílias das 346 pessoas mortas nas tragédias.
Durante as negociações, a companhia aérea informou que o acordo realizado com o governo dos Estados Unidos reconhece como a empresa “falhou”.
Além disso, de acordo com o CEO da Boeing, David Calhoun: “Acredito firmemente que entrar nessa resolução é a coisa certa a fazer, um passo que reconhece apropriadamente como ficamos aquém de nossos valores e expectativas.”
“Esta resolução é um sério lembrete para todos nós de quão crítica é nossa obrigação de transparência para com os reguladores e as consequências que nossa empresa pode enfrentar se qualquer um de nós ficar aquém dessas expectativas. “, concluiu o executivo.
Da penalidade total, US$ 1,77 bilhão será destinado aos clientes da companhia aérea, que foram afetados pelos acidentes com os aviões 737 Max.
Boeing tem 23 encomendas do modelo 737 Max canceladas
A Boeing informou no dia 8 de dezembro de 2020 ter registrado 23 cancelamentos de encomendas do modelo 737 Max, que teve suas operações retomadas há duas semanas após correção de falhas técnicas.
O cancelamento das aeronaves foi realizado pela Virgin Australia, que durante o último mês encomendou 27 aviões da Boeing, incluindo 25 unidades do 737 Max.
Ao passo que as outras duas aeronaves encomendadas pela companhia são aviões de reabastecimento para o exército japonês.
Além disso, a carteira de encomendas da Boeing registrou 88 cancelamentos de aviões em novembro do ano passado, por companhias como a Air Canada e a Air Lease Corp.
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