O governo dos Estados Unidos aplicará uma multa de US$ 5,4 milhões (cerca de R$ 22,1 milhões) a Boeing por conta de informações equivocadas sobre as aeronaves do modelo 737 Max. A informação foi divulgada, na última sexta-feira (10), pela Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).
De acordo com o comunicado divulgado pela FAA, a Boeing informou ao governo norte-americano que um dos componentes das asas do modelo 737 Max atendia todos os protocolos de segurança. Contudo, o órgão regulador acusa a fabricante de não ter supervisionado corretamente os fornecedores para assegurar que o sistema de garantia de qualidade estava sendo cumprido.
A entidade governamental ressaltou que a falta de supervisão afetou 178 aeronaves do modelo 737 Max. O modelo foi proibido de operar em março de 2019 após dois acidentes, um na Indonésia e um na Etiópia, que causaram 346 mortes.
Em dezembro do ano passado, a empresa já havia sido multada pelo governo norte-americano em US$ 3,9 milhões (cerca de R$ 16 milhões) por conta dos problemas apresentados no 737 Max.
A fabricante norte-americana poderá negociar uma contraproposta com o governo dos Estados Unidos ao longo dos próximos 30 dias. Um possível acordo poderá reduzir o valor da multa.
Airbus deve superar Boeing como maior fabricante de aviões
Por conta dos problemas apresentados no modelo 737 Max, a Boeing teve sua produção prejudicada. Em contrapartida, a Airbus, uma de suas principais concorrentes, informou, na última sexta-feira (10), que que produziu 863 aeronaves em 2019, com alta de 8% em comparação a 2018.
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Mesmo com o bom resultado apresentado, a Airbus esperava um número ainda maior de vendas. No início do ano, a empresa planejava entregar entre 880 a 890 aeronaves. No entanto, em outubro a previsão foi revisada para baixo. A redução ocorreu por conta de problemas com a produção do modelo A321 ACF.
Até o final de novembro de 2019, a Boeing havia entregado somente
345 aviões. A fabricante ainda não publicou os resultados equivalentes ao ano de 2019.