A Boeing fará mudanças no sistema de software de pilotagem do modelo 737 MAX 8.
Segundo investigações, uma falha no sistema no modelo da Boeing pode ter provocado a queda dos aviões da Lion Air, ocorrida em outubro, e a Ethiopian Airlines, que caiu no último domingo. Enquanto não se chega a uma conclusão, as companhias aéreas decidiram suspender as operações com aviões do modelo.
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Em resposta, a fabricante antecipou a atualização do software para antes de abril. A Boeing começou a desenvolver atualizações e melhorias nos programas das aeronaves após o acidente da Lion Air na Indonésia. De acordo com a empresa, o objetivo é “fazê-las ainda mais seguras”.
O software “inclui atualizações à lei de controle de voos, às telas do piloto, os manuais operacionais e o treino da tripulação sobre o Sistema de Aumento de Caraterísticas de Manobras (MCAS)”, e incorpora especificamente informações do ângulo “de ataque”, afirma a empresa.
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Além disso, a Boeing acrescentou que está trabalhando em conjunto com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) no desenvolvimento, planejamento e atualização do software. Os sistemas deverão ser aplicados “na frota dos 737 MAX nas próximas semanas”.
“A FAA prevê exigir esta atualização de software mediante uma ‘Direção de Aeronavegabilidade’ em abril no mais tardar. Trabalhamos com a FAA no desenvolvimento desta melhoria de software”, explica a empresa, que lembra que a autoridade americana “não ordenou nenhuma outra ação, por enquanto”.
A companhia americana reafirma em nota que o modelo 737 MAX 8 “é seguro, e foi projetado, construído e apoiado” pelos seus “capacitados funcionários, que fazem o seu trabalho com a maior integridade”.
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A expectativa do FAA é que o novo sofware se torne obrigatório até o final de Abril.
Outros países
Por conta disso, alguns países decidiram restringir o uso do Boeing 737 MAX 8 em seus territórios, sendo eles:
- Reino Unido;
- União Europeia;
- Omã;
- Malásia;
- China;
- Indonésia;
- Coréia do Sul;
- Mongólia;
- Austrália.