A Boeing anunciou, nesta sexta-feira (17), que está trabalhando para resolver um novo problema de software identificado nas aeronaves do modelo 737 Max. A fabricante informou que a complicação foi descoberta no último final de semana durante uma revisão técnica do sistema dos aviões.
Segundo autoridades norte-americanas, o problema descoberto pela Boeing está relacionado ao mecanismo de inicialização dos aviões 737 Max. A ferramenta é responsável por assegurar que os sensores de monitoramento carregaram corretamente.
“Estamos fazendo as atualizações necessárias”, informou a montadora norte-americana por meio de um comunicado.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), órgão regulador de aviação norte-americano, não se manifestou sobre o assunto.
737 MAX
As aeronaves 737 Max, modelo mais vendido na história da companhia, estão proibidos de voar em todo o mundo.
A proibição ocorreu em março do ano passado quando um avião da Ethiopian Airlines caiu matando todos os seus passageiros e tripulantes, meses depois da queda do avião da Lion Air, na Indonésia, que ocorreu em outubro de 2018. Os dois acidentes causaram 346 mortes.
As complicações envolvendo o modelo reduziram a produção da empresa e, consequentemente, refletiram nos resultados financeiros. Além disso, a crise levou à demissão do então CEO global, Dennis Muilenburg, e já custou mais de US$ 9 bilhões (R$ 37,4 bilhões na cotação atual) à companhia.
Problemas no modelo da Boeing podem reduzir PIB dos EUA
De acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, problemas com o Boeing 737 MAX, sem operar no mundo inteiro desde março do ano passado, podem diminuir o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 0,50% neste ano.
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“Para esse ano, esperamos um crescimento entre 2,5% e 3%. Como eu disse, pode ser mais próximo de 2,5% por conta dos ajustes dos números da Boeing”, afirmou Mnuchin em entrevista à “FOX News”, em referência à aeronave comercial da fabricante norte-americana.
Mesmo com a redução por conta do Boeing 737 Max, a estimativa do secretário para o crescimento da economia do país é mais otimista que a maioria dos economistas norte-americanos, segundo a agência de notícias “Bloomberg”. O consenso em janeiro era de um crescimento em torno de 1,8%, equivalente a uma queda em relação aos 2,3% do ano passado.