Boeing e Embraer: UE suspende análise do acordo de fusão entre as empresas
Membros da Comissão Europeia suspenderam novamente, nesta quarta-feira (23), a análise do acordo de fusão entre a Boeing e a Embraer. Os órgãos reguladores europeus já haviam paralisado a revisão do contrato em novembro do ano passado.
A análise foi suspensa pois os órgãos reguladores da União Europeia (UE) estão exigindo mais detalhes para as fabricantes Boeing e Embraer. A estimativa das empresas era de que o acordo fosse aprovado no dia 30 de abril. No entanto, a decisão da UE adiará a conclusão das negociações.
“Uma vez que as informações ausentes são fornecidas pelas partes, o relógio é reiniciado e o prazo final para a decisão da comissão é ajustado de acordo”, comunicou a Comissão Europeia.
Nos Estados Unidos e na China, o acordo entre as fabricantes já foi aprovado sem restrições. No Brasil, a superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá autorizar a negociação ainda neste mês, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
“Continuamos a cooperar com o Brasil e a Comissão Europeia, enquanto progridem com suas análises, ansiosos por um resultado positivo”, informou a Boeing por meio de um comunicado.
Joint venture entre Boeing e Embraer
Em novembro de 2019, a Embraer revelou que sua joint venture com a Boeing, criada para estimular novos mercados para a aeronave C-390 MIllennium, foi nomedada de Boeing Embraer – Defense.
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O C-390 Millennium tem um menor custo do ciclo de vida em comparação com as demais aeronaves do mercado, além de vantagens dos motores a jato para operar em diferentes missões, atrelando maior mobilidade, design robusto, flexibilidade, tecnologia comprovada de ponta e manutenção mais fácil e eficiente.
“A Boeing Embraer – Defense irá se basear no histórico de colaboração entre nossas empresas, no setor aeroespacial comercial e de defesa, para agregar maior valor ao C-390 Millennium, à medida que o avião está entrando em serviço e irá liderar a próxima geração de aeronaves de transporte e mobilidade aérea”, disse o presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e Operações do Grupo, Marc Allen.