A fabricante da aviões Boeing (NYSE: BA) informou nessa quarta-feira (28) que deve cortar cerca de 7 mil vagas de trabalho até o final de 2021, através de aposentadorias e demissões, diminuindo o número de funcionários para 130 mil.
Em um comunicado, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou que “estamos nos alinhando a esta nova realidade gerenciando de perto nossa liquidez e transformando nossa empresa para ser mais resiliente e sustentável no longo prazo”.
Vale destacar que a multinacional norte-americana contava com cerca de 160.000 funcionários no começo de 2020, entretanto, foi fortemente afetada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que interrompeu viagens e aéreas e assim, a venda de aviões.
Boeing tem prejuízo no 3T20 com impactos da pandemia
Além disso, a companhia reportou um prejuízo líquido de US$ 466 milhões (cerca de R$ 2,67 bilhões) no terceiro trimestre desse ano, revertendo o lucro de US$ 1,17 bilhão auferido no mesmo período do ano passado.
A receita líquida, por sua vez, apresentou uma baixa de 29% no período entre julho e setembro, na relação anualizada, somando US$ 14,14 bilhões. A carteira de pedidos da fabricante de aviões encerrou o trimestre com 4.300 encomendas, atingindo US$ 393 bilhões, uma retração de 15% em comparação com a carteira do terceiro trimestre de 2019.
De acordo com a fabricante de aviões, os resultados continuam a ser impactados pela pandemia do novo coronavírus — que tem avançado nos Estados Unidos e Europa. A crise fez com que o setor de aviação sofresse com a baixa demanda, que diminuiu o número de pedidos de aeronaves. O prejuízo diluído foi de US$ 0,79 por ação.
Dentre os segmentos da Boeing, a receita com aviação comercial recuou 56%, para US$ 3,60 bilhões. Foram 28 entregas, montante 55% menor do que em 2019. No que se refere à Defesa, Espaço e Segurança, o faturamento caiu 2%, para US$ 6,85 bilhões. A receita com Serviços tombou 21%, para US$ 3,69 bilhões.