A Boeing cortou 183 jatos de sua carteira de pedidos para o mês de junho e realizou a entrega de apenas 10 em um novo sinal do impacto da pandemia do novo coronavírus no setor aéreo mundial.
A fabricante de aeronaves dos Estados Unidos registrou 60 cancelamentos para o seu 737 Max e removeu mais 123 aeronaves, incluindo 119 do modelo 737 Max de sua lista de pedidos por causa de dúvida quanto a se os acordos seriam concluídos. Com isso, a Boeing entregou apenas 10 aviões, ante quatro em maio, e seis em abril.
A crise nas viagens aéreas provocada pela pandemia deixou as companhias que integram o setor e as empresas de leasing com receio de realizar novos pedidos e incapazes de aceitar os acordos já existentes.
Dessa forma, a carteira de pedidos da Boeing registrou uma queda de 4.552 aeronaves no final de junho após várias empresas de leasing cancelarem os pedidos de jatos 737 Max.
A companhia aérea norueguesa Norwegian Air Shuttle, por exemplo, comunicou que planeja cancelar o contrato restante com a fabricante estadunidense para 92 desses aviões.
Boeing registra 355 cancelamento do 737 Max no 1º semestre
A Boeing ainda informou nesta terça-feira (14) que clientes cancelaram encomendas de 355 unidades do jato 737 Max no primeiro semestre.
Depois de ajustes que consideravam aviões encomendados em anos anteriores mas que provavelmente não serão entregues, a lista de pedidos da fabricantes perdeu 784 encomendas líquidas em 2020.
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Os aviões da fabricante estiveram envolvidos em dois acidentes, que resultaram na morte de 346 pessoas na Etiópia e na Indonésia, e desde então não levantam voo. A decisão da manter as aeronaves no chão levou a ações judiciais, investigações do Congresso e do Departamento de Justiça e a um corte em uma importante fonte de renda da empresa. Em janeiro deste ano, a Boeing suspendeu a produção do modelo.
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