A Boeing (NYSE: BA) informou nesta terça-feira (8) ter registrado 23 cancelamentos de encomendas do modelo 737 Max, que teve suas operações retomadas há duas semanas após correção de falhas técnicas.
O cancelamento das aeronaves foi realizado pela Virgin Australia, que durante o último mês encomendou 27 aviões da Boeing, incluindo 25 unidades do 737 Max.
Ao passo que as outras duas aeronaves encomendadas pela companhia são aviões de reabastecimento para o exército japonês.
Além disso, a carteira de encomendas da empresa registrou 88 cancelamentos de aviões em novembro, por companhias como a Air Canada e a Air Lease Corp.
EUA autorizam a retomada de voos do Boeing 737 MAX
A Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) autorizou no dia 18 de novembro a retomada de voos da Boeing pela aeronave 737 MAX, após quase dois anos dos acidentes.
“A FAA seguiu um progresso de revisão de segurança abrangente e metódica que levou 20 meses para ser concluído. Durante esse tempo, os funcionários da FAA trabalharam diligentemente para identificar e resolver as questões de segurança que desempenharam um papel na trágica perda de 346 vidas a bordo do Lion Air Flight 610 e do Ethiopian Airlines Flight 302“, informou o comunicado de autorização da Boeing, assinado pelo diretor da FAA, Steve Dickson.
A aeronave não voltará a voar de forma imediata em todo mundo, já que as autoridades do setor aéreo de outros países decidiram realizar suas próprias certificações. Mas, o diretor afirmou que está “100% confiante” na segurança da aeronave, porém, informou que é necessário mudanças específicas no design antes do avião voltar a voar.
A certificação da aeronave “incluiu um nível sem precedentes de análises colaborativas e independentes por autoridades da aviação em todo o mundo. Esses reguladores indicaram que as mudanças no projeto da Boeing, nos procedimentos da tripulação e o aprimoramentos do treinamento darão a eles a confiança para validar a aeronave como segura para voar em seus respectivos países e regiões”, completou.
Ambos os aviões que provocaram a morte das vítimas no ano passado eram 737 MAX e apresentaram falhas em seu mecanismos, caíram minutos após a decolagem após os pilotos relatarem problemas de controle de pilotagem. O voo Ehiopian Airlines registrou 157 óbitos de 35 nacionalidades, o Lion Air, da Indonésia, caiu com 189 ocupantes.
A preocupação com a segurança do avião levou as autoridades de aviação de vários países a suspenderem as operações com o modelo, tirando bilhões de dólares do valor de mercado da Boeing.
No Brasil a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou em agosto que já avalia o retorno das operações do Boeing 737-8 MAX, modelo que foi proibido de alçar voo após estar envolvido em dois acidentes fatais.
Com informações do Estadão Conteúdo