A Boa Safra (SOJA3), uma das principais produtoras de sementes de soja do Brasil, fechou o segundo trimestre de 2022 (2T22) com lucro líquido de R$ 6,20 milhões no segundo trimestre deste ano.
O resultado da Boa Safra foi 47% inferior ao reportado em igual período do ano passado, de R$ 11,70 milhões. Segundo a empresa, a queda está relacionada ao aumento dos custos dos produtos vendidos e às despesas administrativas.
A receita líquida da companhia cresceu 206% no período, para R$ 125,32 milhões no segundo trimestre deste ano.
A Boa Safra atribui o crescimento à venda de grãos de soja, com impacto da venda de estoques da safra passada, e de sementes de soja devido à antecipação de pedidos feitos por revendas e produtores.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no 2T22 foi de R$ 7,32 milhões, queda de 59% ante R$ 17,97 milhões reportados no segundo trimestre do ano passado.
A margem Ebitda recuou na mesma base comparativa de 43,81% para 5,84%.
Os investimentos da Boa Safra Sementes aumentaram 480% na comparação anual, alcançando a marca de R$ 100,15 milhões no segundo trimestre deste ano.
A carteira de pedidos, que serão entregues a partir de setembro, somou R$ 831 milhões no segundo trimestre, um aumento de 52,2% em relação a igual período do ano anterior.
“Contribuíram para esta variação o incremento no preço, antecipação das negociações e volume de pedidos a faturar”, disse a companhia.
Alavancagem sobe e sazonalidade ajuda 2T22 da Boa Safra
Já a dívida líquida da companhia saiu de um patamar negativo em R$ 49,6 milhões para atuais R$ 311,76 milhões. Ou seja, com esses números a alavancagem foi saiu de-0,47x para 2,64x.
O segundo trimestre é o período de maior beneficiamento de sementes e o armazenamento nas câmaras frias para posterior entrega às revendas e aos produtores.
O portfólio de sementes de soja da companhia inclui 48 cultivares. A Boa Safra atingiu no segundo trimestre proporção recorde de pedidos de sementes com tecnologia embarcada, de 90,8%.
Com Estadão Conteúdo