Os analistas do banco BNP Paribas informaram nesta quinta-feira (18) que projetam a taxa básica de juros brasileira (Selic) caindo para um patamar de 1,5% neste ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) salientou em comunicado uma preocupação menor sobre o “limite inferior efetivo” do Brasil. Dessa maneira, haveria espaço para novos cortes na Selic, em função das previsões de inflação baixas.
O órgão do Banco Central (BC) indicou em maio que o “effective lower bound” deveria limitar o espaço para uma redução da taxa de juros. “De fato, em maio, o Banco Central chegou a sugerir que o corte em junho seria o final, afirmam os especialistas.
“Interpretamos a declaração de maio como uma indicação de que o BC preferiria uma convergência tardia da inflação à meta, em vez de visar [uma inflação] menor com a taxa Selic agora. Nossa percepção se mostrou errada”, acrescentaram.
Nesse sentido, o modelo de inflação no BNP Paribas aponta para novos cortes. “No entanto, em consonância com a comunicação do BC, supomos que a incerteza econômica e as condições financeiras tornariam o Copom mais conservador”, avaliaram os analistas.
BNP prevê cortes na Selic em agosto e setembro
Os analistas do banco ressaltaram que o colegiado substituiu a declaração anterior sobre um redução “não maior” que o,75 ponto percentual por indicação de política monetária mais aberta, no entanto acrescentou que o escopo para cortar taxas parece pequeno.
Selic a 2,25% após novo corte do Copom rende menos que FGTS
Desse modo, o BNP Paribas projeta um corte de 0,5 ponto percentual da Selic em agosto e uma nova redução final de 0,25 ponto em setembro. Com isso, a taxa básica de juros do Brasil encerraria o ano de 2020 no nível de 1,5%, enquanto se acelera a convergência da inflação para a meta. “Esperamos que a taxa Selic seja de 2,5% no fim de 2021 e 5,0% no fim de 2022”, concluíram os especialistas.