BNDES pode vender R$ 35 bi em ativos até o fim de 2019

O BNDES deve vender, junto ao BNDESPar, uma quantia aproximada de R$ 35 bilhões em títulos e participações. As vendas devem abranger empresas estatais e privadas.

O desinvestimento faz parte do ideal da nova gestão, de Gustavo Montezano. Na semana passada, o presidente do BNDES teve uma reunião com presidentes de bancos de investimento e a expectativa é que novas negociações sejam feitas para colocar o plano de desinvestimento em prática.

Um executivo de um banco, que participou de uma reunião com Gustavo Montezano na semana passada, afirmou que o principal tema das conversas “foi monetização de ativos”. Entretanto, o superior disse que Montezano também abordou “financiamento de infraestrutura” durante as conversas.

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Os bancos que tiveram representações em reuniões com Montezano na semana passada foram:

  • BTG Pactual
  • XP Investimentos
  • Santander
  • Credit Suisse
  • Bradesco
  • Itau Unibanco
  • Brasil Plural

Estes bancos teriam interesse em vendas de títulos grandes do BNDES, como da Petrobras e da JBS. Além disso, há ações menores como da Copel e Cemig, que podem ser vendidas de maneira mais rápida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

De acordo com um presidente de banco, que está acompanhando a situação de perto, o BNDES pode aproveitar a alta da JBS para vender os papéis que detém da empresa.

“O BNDES pode se desfazer dos papéis no curto prazo aproveitando que as ações da JBS negociam perto da máxima histórica ou pode esperar o fim do acordo e a concretização desse plano antigo da empresa, se entender que isso pode valorizar o papel e dar porta de saída”.

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Vale ressaltar que mesmo que o BNDES venda todas as suas ações, o governo continuará com mais de 50% de sua parte. O Banco também tem grande parte da participação na Petrobras, por isso, se quiser vender sua parte, na estatal, terá que fazer isso de forma gradual.

Mesmo assim, a expectativa que mais atrai o mercado é a venda, por parte do BNDES, de 21,32% da JBS. O valor equivale a R$ 14,7 bilhões.

Juliano Passaro

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