O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu aproximadamente 25% de sua posição na Klabin (KLBN11), somando cerca de R$ 600 milhões em seu montante de desinvestimentos. As informações foram reveladas pelo site Brazil Journal.
A Klabin possui um valor de mercado de R$ 32,61 bilhões. O BNDES, antes da venda das ações, possuía uma participação de 7% na companhia, o equivalente a R$ 2,28 bilhões. Segundo o site, foram vendidas 21 milhões de units, ao preço de fechamento de ontem, de R$ 28,48.
O BNDES decidiu pela venda da participação na companhia de papel e celulose após ter sido provocado por um investidor interessado nas ações. O mesmo processo ocorreu com a venda da posição do banco de fomento na Light (LIGT3) em janeiro de 2020 e na alienação de um bloco da Vale (VALE3) há cerca de quatro meses.
A venda do BNDES, amparada pelo Credit Suisse, acontece em meio a uma forte guinada do preço das commodities no preço global, a qual a Klabin está inserida.
Como pontua o Brazil Journal, a venda do BNDES reitera seu estímulo vendedor das participações em empresas negociadas em Bolsa, de forma oportunista e sensível a preço.
XP reitera compra de Klabin
Em relatório divulgado na última quarta-feira (17), a XP Investimentos destacou que o setor de papel e celulose vem apresentando um forte desempenho nos últimos meses, amparado pelo avanço do comércio eletrônico que cresceu ainda mais com a pandemia da Covid-19.
Para a equipe de analistas da casa, a Klabin e a Irani (RANI3) devem continuar a se beneficiar.
No relatório, os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo destacaram os dados preliminares divulgados pela Empapel (antiga ABPO), sobre expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado.
Segundo os números, a expedição foi de 326.256 toneladas em janeiro deste ano, um volume superior em 4,9% em relação ao mesmo mês em 2020 e 2,3% acima do volume expedido em dezembro. Este é o maior volume expedido no mês nos últimos 16 anos.
Na última semana, a companhia reportou seus resultados consolidados do ano passado. Em função da desvalorização do real frente ao dólar, a Klabin apresentou um prejuízo líquido de R$ 2,48 bilhões, revertendo o lucro de 2019, que somou R$ 714 milhões.
