O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está se preparando para vender sua participação na JBS.
O BNDES enviará nas próximas semanas carta-convite às instituições financeiras para que elas possam participar do processo. As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”.
A fatia do BNDES na JBS, equivalente a 21,3% do capital, é avaliada no mercado em R$ 6,8 bilhões.
Esse valor foi calculado considerando o fechamento da cotação da ação na sexta-feira, a R$ 11,77.
Entretanto, o desenho de como será a venda da sua participação ainda não está definido. A venda poderá ser feita em bloco para um único investidor ou negociada aos poucos na Bolsa.
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No auge da crise da JBS, o banco recebeu proposta de diversos investidores para a venda de sua fatia na empresa. Todavia, as conversas não prosperaram.
Esses mesmos investidores teriam tentado comprar a participação dos irmãos Batista. Entre os interessados estavam os fundos soberanos GIC e Temasek, de Cingapura, além do QIA, fundo de investimento do Catar.
A compra das ações da JBS detidas pelo BNDES não deve embutir um prêmio.
O acordo de acionistas entre as duas companhias será revisado no fim de 2019.
O banco sempre acompanhou o voto dos conselheiros e acionistas da JBS.
Entretanto, essa relação começou a mudar no início de 2016, quando os controladores da companhia anunciaram a intenção de criar uma nova empresa. O objetivo da família Batista era mudar a sede da JBS para a Irlanda.
No ano seguinte vieram à tona as conversas de Michel Temer e Joesley Batista. E, a partir daquele momento, o BNDES passou a ser um crítico à gestão da JBS.
O BNDES começou a comprar ações da companhia a partir de 2007. A JBS foi escolhida na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser uma ‘campeã nacional’. O objetivo do governo era apoiar a empresa para se internacionalizar. O frigorífico se juntou a um seleto grupo de empresas como, entre outras, a Bertin e Marfrig,
Entre 2007 e 2009, o BNDESPar injetou R$ 5,6 bilhões na JBS. Em 2008, o BNDES colocou R$ 2,5 bilhões na Bertin, que foi incorporada à JBS.
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