BNDES poderá refinanciar até R$ 11 bilhões de PMEs
Em teleconferência realizada na tarde deste domingo (29), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou que a instituição poderá refinanciar R$ 11 bilhões de pequenas e médias empresas (PME). A medida acontece em meio aos efeitos da pandemia de coronavírus, que fez com que as empresas, de vários setores e tamanhos, tivessem que fechar.
“A outra medida anunciada semana passada foi a interrupção de pagamentos de seis meses para operações indiretas do BNDES, via agente financeiro. Na próxima semana, os sistemas estarão prontos para que os clientes procurem os bancos privados”, disse Montezano, destacando a suspensão dos pagamentos de empréstimos, no total de R$ 30 bilhões, do BNDES pelo período de seis meses.
Outra medida anunciada pelo BNDES na última semana foi o aumento do capital de giro, em R$ 5 bilhões, para micro, pequenas e médias empresas. “Esse produto foi disponibilizado operacionalmente esta semana. Tivemos demanda pelo produto, que envolve agentes financeiros”, disse o executivo.
Resultados do BNDES em 2019
O BNDES registrou lucro líquido de R$ 17,7 bilhões em 2019. O lucro do banco foi 164% maior do que o apresentado em 2018. De acordo com o presidente da instituição, Gustavo Montezano, esse valor foi recorde para o BNDES. “É um lucro líquido bem robusto. Um lucro recorde para o BNDES”, disse Montezano.
De acordo com Montezano, o resultado de 2019 foi puxado pela venda de participações societárias do BNDESPar, holding ligada ao BNDES que investe diretamente em companhias particulares, por meio de compra de ações, títulos e participações societárias. Os resultados financeiros do banco foram divulgados no dia 11 de março.
O presidente da instituição também afirmou que o banco fechou o ano com uma carteira de 57 projetos, que podem acarretar a um investimento total de R$ 176 bilhões na economia brasileira.
A carteira de crédito do BNDES em dezembro do ano passado alcançou R$ 441,8 bilhões. Houve uma redução considerável de 0,84% da inadimplência no em 2019.