BNDES pode emprestar menos de R$ 6 bi às companhias aéreas, diz agência
O acordo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com as companhias aéreas de financiamento pode ficar abaixo do valor previsto de R$ 6 bilhões.
Antes, o trato previa uma disponibilização de R$ 2 bilhões para cada companhia sendo elas: Gol Linhas Aéreas (GOLL4), Azul (AZUL4), e Latam Airlines Group (NYSE: LTM). Porém, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias “Reuters”, o BNDES vai entrar com R$ 1,2 bilhão para cada, totalizando R$ 3,6 bilhões.
O restante será captado por meio de bancos privados, cerca de 10%, e por mercado de capitais através de emissão de debêntures e de bônus. Os recursos seriam repassados ao custo de CDI mais 4%.
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Essa mudança ocorre devido a demanda de voos que as companhias tem apresentado aumento. Além de operações que as empresas tem feito para levantarem recursos, como a compra de créditos da Gol anunciada pela Smiles no valor de R$ 1,2 bilhão e a venda da participação da Azul na área portuguesa TAP.
“O mercado melhorou, e com ele melhorando, aumenta mais a probabilidade do BNDES não precisar entrar com 60% da operação. Ele pode recuar e dar mais espaço ao mercado”, disse a fonte.
O acordo está sendo estudado há três meses entre a instituição monetária e as companhias. De acordo com a fonte, os acertos com Azul e Gol devem “encerrar essa semana”, no entanto, a Latam ainda segue as discussões em ritmo mais lento.
Três principais aéreas do Brasil aceitam proposta de socorro, diz BNDES
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, declarou em maio que as três principais companhias aéreas do Brasil concordaram com as condições financeiras do socorro ao setor.
A Gol, Azul e Latam aceitaram o termos para a operação de bancos de socorro ao setor de aviação. De acordo com o presidente do BNDES, as condições foram apresentadas às três companhias e aceitas.
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“Todas as três aceitaram a proposta do sindicato de bancos e agora é a fase de execução da operação”, afirmou Montezano durante entrevista online.
O modelo de socorro às companhias aéreas prevê a ajuda de até R$ 6 bilhões, sendo repartido em R$ 2 bilhões para cada empresa, conforme apurou a agência Reuters.
O empréstimo do BNDES seria no montante de até R$ 2,4 bilhões, ao tempo em que os bancos privados colocariam R$ 500 milhões. O valor restante da operação seria realizado por meio de instrumentos como debêntures conversíveis em ações e emissão de bônus.