BNDES esperará ‘melhor momento’ para fazer oferta de ações da Copel (CPLE6)
Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou nessa quinta-feira (13), que a instituição irá esperar “o melhor momento” para fazer a oferta de ações da Copel (CPLE6).
Ontem (12), a BNDESPar, empresa de participações do BNDES, comunicou ao mercado que seu Conselho de Administração aprovou a venda de sua participação na Copel por meio de oferta pública secundária de “units”, mediante registro nos Estados Unidos. A oferta será coordenada pelo banco BTG Pactual.
Vale destacar que a BNDESPar possui participação de 24% na Copel. No fim do ano passado, o banco já havia anunciado sua intenção de se desfazer dos ativos. Recentemente, seus diretores vinham reafirmando que a realização da oferta estava próxima.
“Vamos esperar o melhor momento para fazer a transação e informaremos o mercado juntamente com companhia”, afirmou Laskowsky, na apresentação online dos resultados financeiros do primeiro trimestre.
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BNDES tem lucro líquido de R$ 9,8 bi no 1T21, alta de 78%
Ainda hoje, o BNDES divulgou seus resultados no primeiro trimestre desse ano, quando o banco de fomento registrou lucro líquido de R$ 9,8 bilhões, alta de 78% ante igual período de 2020.
De acordo com a instituição, o resultado do primeiro trimestre do ano foi impulsionado pela venda de ações e pela intermediação financeira.
Os desembolsos para empréstimos já aprovados somaram R$ 11,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, alta de 35% ante igual período de 2020. Já as vendas de ações de grandes companhias somaram R$ 12,6 bilhões, com destaques para os desinvestimentos das participações na mineradora Vale (VALE3) e na fabricante de papel e celulose Klabin (KLBN11).
Com isso, a carteira de participações societárias encerrou o primeiro trimestre avaliada em R$ 61,5 bilhões, 21,1% abaixo do valor do fechamento do quarto trimestre de 2020.
Além das vendas, a queda foi impactada pela “desvalorização dos investimentos em não coligadas, com destaque para Petrobras (PETR4) e Eletrobras (ELET3)“, informa nota divulgada pelo banco.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, destacou a saída total do capital da Vale, incluindo as debêntures participativas da companhia. O executivo ressaltou que o banco continuou com a estratégica de se retirar “de posições financeiras meramente especulativas”.
(Com informações do Estadão Conteúdo)