O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está próximo de finalizar o modelo de socorro às elétricas, afirmou nesta sexta-feira (15) diretor que participa das negociações.
Conforme informações, será concluído modelo de uma operação do governo brasileiro de apoio às distribuidoras de energia por meio de empréstimos. Nesse sentido, as condições devem ser divulgadas no “curtíssimo prazo”, informou o diretor do BNDES.
As elétricas tem observado uma forte queda no consumo de energia, além dos problemas de inadimplência. Dessa forma, as companhias de eletricidade defendem que seria preciso um valor entre R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões para enfrentar as turbulências provocadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19)
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O governo federal, por outro lado, tem trabalhado com uma projeção de um financiamento de até R$ 12 bilhões às companhias. As informações são da agência Reuters e foram obtidas na última quinta-feira (14).
“O que podemos adiantar é que as negociações com o poder público avançaram bastante nas últimas semanas, inclusive com participação das distribuidoras de energia (…) esperamos chegar a uma conclusão em relação ao apoio setorial no curtíssimo prazo”, comunicou o diretor de Privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, durante coletiva de imprensa online.
O executivo ainda acrescentou que a finalização das condições da operação deve envolver um decreto do Executivo, assim como uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desse modo, segundo fonte do setor bancário, as medidas poderão ser divulgadas ainda durante o final de semana.
Governo negocia com outros bancos além do BNDES
Além das negociações com o BNDES, o governo mantém conversas sobre financiamentos ao setor elétrico com bancos estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal; e privados, como Itaú e Bradesco. No entanto, ainda não informou o valor projetado para as operações.
Os empréstimos às companhias de energia será realizado por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com o intuito de evitar efeitos sobre o balanços da empresas e seu nível de endividamento. Dessa forma, a proposta deve apresentar um período de carência de um ano, com posterior amortização até o ano de 2025.
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Em conformidade com Medida Provisória publicada no mês de abril, os custos do empréstimo feito pelo BNDES, outras instituições, deverão ser pagados pelos consumidores, por meio do aumento da tarifa de energia.