BNDES espera R$ 1,1 tri em investimentos no Brasil até 2021
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou ter a estimativa de R$ 1,1 trilhões em investimentos estrangeiros no Brasil até 2021. O montante é esperado no quadriênio 2019-2022, um aumento de 6,8% em relação à expectativa anterior válida para o período entre 2018 e 2021.
Os números do BNDES levam em consideração investimentos apoiados e não apoiados pelo banco de fomento. O estudo envolve 19 setores, sendo 11 da indústria e oito da infraestrutura. Em termos reais, os investimentos no período devem ser elevados em 2,7%, segundo o banco.
O investimento é alavancado principalmente pelo segmento de petróleo e gás, puxado pela recuperação do preço do petróleo e também pelos leilões de concessão ou de partilha de blocos exploratórios entre 2017 e 2018.
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Na no segmento da infraestrutura, a estimativa é de previsão é de um investimento médio anual próximo do aguardado anteriormente (para 2018-2021)
“Os segmentos de logística e saneamento devem mostrar melhor desempenho dos investimentos nas áreas mais carentes de desenvolvimento, sobretudo a partir de 2020”, afirma o BNDES.
A análise realizada pela equipe econômica do banco relata uma diminuição do alto endividamento e restrição de caixa das empresas na parte de mineração. Outro elemento relevante, segundo o estudo, foi a siderurgia, com maiores margens de lucro do setor.
Para o banco estatal, privatizações, concessões e mudanças regulatórias também impactam positivamente o quadro previsto para os investimentos, enquanto o cenário fiscal dos estados continua sendo um fator de dificuldade.
BNDES irá modelar as privatizações
As privatizações que foram anunciados pelo governo no final de agosto passarão por um processo de modelagem.
Não se sabe se as empresas seriam vendidas parcialmente ou de forma integral, e se as empresas podem ser cindidas em diferentes áreas. A criação dessa arquitetura para as privatizações será feita pela equipe do BNDES em coordenação com o ministério da Economia.
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Um fonte ligada à pasta da Economia disse ao “Valor” que o governo federal tem conhecimento de que poderá não encontrar interessados para todas as empresas a serem vendidas, portanto, em algumas não haverá lucro.
“Na lista tem coisa boa e coisa ruim, sabemos disso. Tem empresa que é cabide de emprego”, afirmou uma fonte ligada ao BNDES. “O que vamos fazer é parar de gastar. As estatais deficitárias perdem R$ 18 bilhões por ano”.