Braço do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar cancelou o processo de venda das ações da JBS (JBSS3) por meio de uma oferta pública de distribuição secundária, com esforços restritos no Brasil e no exterior.
O BNDESPar detém uma fatia de 23,16% do capital da JBS e em novembro do ano passado contratou bancos para vender sua participação. Na época, o jornal O Estado de S.Paulo havia informado que seriam vendidas 290 milhões de ações, o equivalente à metade da participação total, em uma operação que levantaria R$ 7,8 bilhões.
A venda fazia parte dos planos da instituição bancária de alienar a maior parte de sua carteira de ações de R$ 110 bilhões. Esse era um reflexo da tentativa do governo de Jair Bolsonaro de fazer com que o Estado interferisse menos na economia.
Em fato relevante, a JBS informou que os bancos que tinham sido contratos também foram informados da desistência: “O BNDESPar também informou que o consórcio de bancos contratados para essa finalidade foi igualmente comunicado.”
As instituições que participariam da ofertam eram:
- Itaú Unibanco (ITUB4)
- Bradesco (BBDC4)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Bank of America
- UBS
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JBS é multada em US$ 58 mil após morte de funcionário nos EUA
A JBS, por meio da sua subsidiária JBS Foods, foi multada, na quarta-feira (29), em US$ 58 mil da Administração de Segurança e Saúde Ocupacional do Departamento de Trabalho (OSHA) dos Estados Unidos devido a oito violações graves relacionadas à morte de um funcionário, em 27 de março deste ano.
De acordo com a Bloomberg, investigadores da OSHA constataram que a JBS falhou em proteger adequadamente o funcionário que estava instalando uma roda de pás para agitar produtos químicos utilizados no processamento de peles de animais.
A JBS tem 15 dias úteis para cumprir, solicitar uma conferência informal com o diretor da OSHA responsável pela área ou contestar as conclusões perante a Comissão de Revisão de Saúde e Segurança Ocupacional independente, segundo o jornal.