O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ter um nível de desembolso acelerado no final de 2018, todavia a expectativa é que o valor fique na faixa do apresentado há 20 anos atrás, quando o Banco emprestou R$ 70,4 bilhões.
Ainda assim, a expectativa do BNDES segue dentro da meta de R$ 70 bilhões estipuladas para 2018, mantendo-se próximo aos R$ 70,8 apresentados em 2017.
Todavia economistas indicam que alcançar a meta que a instituição estipulou para este ano será uma tarefa complexa. Principalmente pelo número de empréstimos realizados de janeiro até setembro, quem somam R$ 44 bilhões, valor 16% menor na comparação com o mesmo período em 2017.
Contudo a banco de desenvolvimento argumenta que o final do ano historicamente é de maior giro no BNDES, principalmente nos meses de novembro e dezembro.
Enquanto para 2019 a previsão é que este valor fique em R$ 90 bilhões, aumento impulsionado, principalmente, pela expectativa de 2,5% de crescimento do PIB.
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Empréstimos
Entre os financiamentos do BNDES, quase metade foi destinado para micro, pequenas e médias empresas, enquanto 40% foi destinado para obras ligadas a infraestrutura.
Marca histórica
Desde que começou a ser calculado, o pior ano de desembolso da instituição foi em 1995, quando o valor foi de R$ 40 bilhões, enquanto o maior foi em 2010, com o banco emprestando R$ 276,5 bilhões.
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Número recorde ocasionado pelo crédito barato referente ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Nova gestão
No dia 12 de novembro Jair Bolsonaro anunciou Joaquim Levy para presidir a instituição financeira.
Desde então, Levy vem se reunindo com Dyogo Oliveira, atual presidente do banco de fomento, para decidir os rumos da instituição.
Internamente, a chama econômica não acena com grandes mudanças no modelo de gestão do BNDES. Principalmente em fazer a instituição se tornar algo minimalista.