O superintendente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para saneamento, transportes e logística, Leonardo Pereira, declarou nesta quarta-feira (19) que o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC) chegou a R$ 11,2 bilhões em financiamentos liberados.
O PEAC começou a funcionar por meio de uma Medida Provisória 975, no final de junho, com o intuito de conceder garantias para normalizar o funcionamento do mercado de crédito para pequenas e médias empresas. O BNDES é operador do programa emergencial, sancionado nesta quarta-feira pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Com o projeto, pelo menos 35 instituições financeiras, entre elas bancos, cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento e bancos de montadoras, estão habilitadas para conceder financiamentos de R$ 5 mil a R$ 10 milhões como garantias
O PEAC possui capitalização do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). A taxa de juros, cobrada pelo agente financeiro, não poderá ser superior a 6% ao ano e o empréstimo terá carência de seis meses e prazo de 36 meses para pagamento.
BNDES: capital comprometido foi de R$ 2,35 bi
O primeiro investimento do Tesouro Nacional no FGI totalizou R$ 5 bilhões e pode atingir até 20 bilhões no programa emergencial. De acordo com o BNDES, o capital comprometido até o momento foi de R$ 2,35 bilhões, levando a um crédito concedido de R$ 11,2 bilhões, com uma alavancagem de 4,7 vezes.
“Se a gente conseguir 50 bilhões a 60 bilhões de reais de crédito concedido, esperamos até 300 mil empresas beneficiadas”, afirmou o superintendente, em evento online da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
“Têm sido dados sinais pelo governo, pelo Congresso, que as medidas sendo efetivas e tendo a necessidade isso pode ser estendido. Internamente no banco temos um plano de estudar um FGI 4.0 que incorpore inovações do PEAC”, informou o superintendente do BNDES. O programa emergencial possui vigência até o dia 31 dezembro.