Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse na última quinta-feira (12) que “a gente deve tomar um calote de Cuba de R$ 561 milhões.”
A afirmação foi realizada junto ao presidente Jair Bolsonaro em sua transmissão ao vivo nas redes sociais. Quando questionado pelo mandatário, o presidente do BNDES disse que o banco estatal emprestou US$ 656 milhões (cerca de R$ 2,67 bilhões na cota atuação).
“O salário médio lá é de US$ 20,00, o que esse povo tem para comprar um importado? Para quê esse porto de primeira lá? Com toda certeza é uma questão ideológica”, afirmou Bolsonaro.
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Em referência ao não pagamento da dívida, Bolsonaro levantou o questionamento de “como é que o banco fornece um empréstimo desse sabendo que Cuba não tem condições de pagar?”
No início da live, Montezano destacou que “não tem nada de ilegal no BNDES”. O CEO ressaltou as cinco prioridades de sua gestão:
- Explicar a “caixa-preta”
- Repagar o Tesouro Nacional
- Vender as participações de acionárias especulativas
- Melhorar o serviço que o banco presta ao governo
- Fazer plano de negócios focado o social e o povo
“O banco está focado agora em melhorar a vida do brasileiro”. Montezano ainda divulgou a página na internet para checagens relacionadas a esclarecimentos sobre a “caixa-preta”.
BNDES pretende vender participação na Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou nesta sexta-feira (13) que recebeu um documento do BNDES informando que o banco estatal tem intenção em vender até 100% das ações ordinárias de emissão da Petrobras. A operação deve ser feita via oferta pública de distribuição secundária de ações.
A oferta pública teria esforços amplos de distribuição no Brasil e no exterior, de acordo com o fato relevante divulgado pela Petrobras nesta sexta.
O BNDES informou que já iniciou um processo seletivo para a contratação de assessores para a realização da operação. Ademais, o banco também deu início a estudos para detalhar seus termos e condições, “incluindo a quantidade de ações de emissão da companhia objeto da transação e o seu cronograma”.