Suzano (SUZB3): BNDES aprova financiamento no total de R$ 2,3 bilhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (4) que aprovou dois financiamentos à Suzano (SUZB3), totalizando R$ 2,31 bilhões.
“As operações têm como finalidade dar suporte ao cultivo de eucalipto em sete estados e apoiar a modernização industrial e capacidade produtiva em sete fábricas da empresa. O objetivo é aumentar a produtividade e competitividade da Suzano, que atua em um setor com grande potencial exportador”, disse o BNDES, em nota.
De acordo com o banco, R$ 658,65 milhões serão destinados a fábricas da Suzano em Jacareí (SP), Limeira (SP), Suzano (SP), Aracruz (ES), Três Lagoas (MS), Mucuri (BA) e Imperatriz (MA).
O montante faz parte de um plano de investimento total de R$ 1,18 bilhão. A principal aplicação do recurso vai para a modernização de uma linha de produção em Jacareí, com o objetivo de reduzir o consumo de gás natural e de químicos utilizados no processo de fabricação de celulose.
Já o segundo financiamento, de R$ 1,66 bilhão, vai apoiar o cultivo de eucalipto em unidades florestais da empresa no Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Pará e São Paulo.
“A iniciativa envolve a implantação, reforma e condução nas unidades florestais em terras não virgens, ou seja, já utilizadas pelo homem. As plantações estão localizadas próximas a unidades industriais de produção de celulose da empresa, de forma a garantir o fornecimento de matéria prima com maior eficiência logística”, diz o texto.
A Suzano tem capacidade de produção anual de 10,9 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel, segundo o BNDES.
Momento é de entrada em Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), sugere BBA
As ações da Suzano e da Klabin (KLBN4) estão em um bom ponto de entrada para investidores, apesar de riscos envolvendo oscilações no preço da celulose, analisou o Itaú BBA.
Tanto os papéis da Klabin quanto os da Suzano enfrentam uma queda em seus preços, mesmo com uma alta no preço da celulose no mercado internacional.
Enquanto o preço da celulose de fibra curta subiu 50% no acumulado do ano (de US$ 576/t para US$ 864/t), e o real valorizou apenas 3% (para R$ 5,39/USD), as ações da Suzano e da Klabin caíram cerca 29% no mesmo período.
Os investidores temem impactos de uma queda nos preços da commodity no curto prazo, já que a cotação está no momento de pico.
Os analistas do BBA pontuam, entretanto, que esse movimento está pelo menos parcialmente contemplado na precificação das ações, indicando que o momento atual é um boa oportunidade de entrada para ambos os papéis.
“No caso da celulose, muitos investidores preveem um preço correção a partir do 4T22. Dito isso, acreditamos que o mercado de alguma forma já começou a considerar esse possível reajuste do preço da celulose, dada a dissociação que temos entre os preços das ações e os preços da celulose”, dizem os analistas Daniel Sasson, Marcelo Palhares, Edgard Souza e Barbara Soares.
O BBA considera que os atuais níveis de estoque apresentam uma assimetria de risco interessante e enxergam “um ponto de entrada atraente para ambas as ações”.
A casa manteve recomendação de outperform (equivalente a compra) para as ações da Suzano e da Klabin.