O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá devolver R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional antecipadamente. O anúncio foi realizado pelo banco nesta sexta-feira (02).
Neste ano, o BNDES já devolveu cerca de R$ 40 bilhões aos cofres públicos. Durante seu discurso de posse, o novo presidente da instituição, Gustavo Montezano, afirmou que pretende pagar toda a dívida até o fim de seu mandato.
Até o final deste ano, a projeção é de que o banco de fomento devolva R$ 126 bilhões a União. Dessa forma, ao somar a quantia já devolvida com o montante atual, a instituição ainda deverá desembolsar R$ 46 bi.
Entre 2015 e 2019, os recursos devolvidos ao Tesouro somaram R$ 380 bilhões. Ao longo dos próximos três anos, o banco ainda deverá devolver cerca de R$ 270 bilhões, segundo Gustavo Montezano.
O valor referente ao Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD) contabiliza R$ 36 bilhões. No entanto, esse valor só deve ser pago após a devolução total dos incentivos.
Novos diretores do BNDES
Nesta sexta-feira, o BNDES aprovou a indicação de quatro novos diretores para a instituição. Sendo eles:
- Saulo Puttini, para Assuntos Jurídicos;
- Petrônio Cançado, para Crédito e Garantia;
- Leonardo Cabral, para Privatizações;
- e Fábio Abrahão, para Infraestrutura.
Venda de ações do IRB
Na última segunda-feira (29), a instituição anunciou a venda de 36,5 milhões de ações ordinárias do IRB Brasil Resseguros. A medida é mais uma parte do plano para a venda de ações não estratégicas.
Saiba mais: BNDES vende ações do IRB Brasil Resseguros que pertencem ao governo
A venda das ações equivalem a 11,7 % do valor da companhia. Com a negociação, o Tesouro Nacional arrecadou aproximadamente R$ 3,2 bilhões. A operação foi feita através de uma oferta pública de ações.
O procedimento teve participação fundamental da BB Seguridade, pertencente ao Banco do Brasil, que possuía 47,5 milhões de ações.
Antes de anunciar a venda das ações, a instituição já havia comunicado que deve vender uma quantia aproximada de R$ 35 bilhões em títulos e participações. Dessa forma, vendas devem abranger empresas estatais e privadas.
A medida faz parte do projeto de desinvestimentos da gestão de Gustavo Montezano. O presidente do BNDES afirmou que a expectativa é que novas negociações sejam feitas para colocar o plano de desinvestimento em prática.