O Banco BMG (BMGB4) registrou lucro líquido contábil de R$ 97 milhões no terceiro trimestre deste ano. Esse valor é equivalente a aumento de 46,2%, em relação ao mesmo período no ano passado, quando havia registrado lucro de R$ 66 milhões.
Por sua vez, o lucro líquido recorrente foi de R$ 87 milhões entre julho a setembro deste ano, resultado pouco abaixo dos R$ 88 milhões do mesmo período em 2019. Em setembro, o Banco BMG atingiu 4,8 milhões de clientes ativos, crescimento recorde de 25,2% nos últimos doze meses, com 5,5 mil clientes por dia útil no terceiro trimestre de 2020.
As contas no período de julho a setembro foram triplicadas atingindo 1,9 milhões de contas digitais, tendo aberto a quantidade recorde de 7,6 mil contas por dia útil no terceiro trimestre.
A margem financeira líquida recorrente totalizou R$ 950 milhões, avanço de 24,1% na comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado R$ 766 milhões.
O patrimônio líquido encerrou setembro com saldo de R$ 4 bilhões e o Índice de Basileia atingiu 19,2%, no terceiro trimestre do ano passado o índice era de 13,8%. Já as receitas de serviços somaram R$ 27 milhões, 143% maiores que os R$ 11 milhões de um ano antes.
BMG monta comitê após operação da PF
O BMG anunciou no início deste mês que criou um comitê extraordinário para analisar o processo criminal que levou a Polícia Federal e a Receita a realizarem operação de busca e apreensão na sede da companhia em outubro.
Segundo fato relevante publicado pelo banco, esse comitê será coordenado pelo consultor em governança e membro do conselho fiscal Roberto Faldini.
Fazem parte do grupo a presidente do BMG, Ana Karina Dias; o conselheiro José Eduardo Dominicale, além de Olga Colpo e Dorival Dourado Jr., membros independentes. O comitê será assessorado pelo escritório de advocacia Maeda, Ayres e Sarubbi,
Em outubro, o Banco BMG foi alvo de duas operações simultâneas em processos tocados pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A investigação apura os crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Os alvos eram o vice-presidente do Banco BMG, Márcio Alaor de Araújo, e o ex-superintendente Marcus Vinícius Fernandes Vieira. Os dois estão afastados das operações do banco, segundo determinação da Justiça.